Vista das praias do Porto e Farol da Barra na Capital baiana, Salvador.

Um pouco da Bahia

No detalhe, o Plano Inclinado. Ao fundo a Baía de Todos os Santos.



Estado que mais faz divisa com outras unidades da federação - ao todo são com 8 estados -, a Bahia é o mais rico de todos os estados do nordeste. Em termos territoriais ocupa uma extensa área, calculada em 567.692,669 quilômetros quadrados.

Foi aqui, em 1500, que o Brasil, enquanto nação, começou a nascer. Nessa época, conta os registros históricos, só habitavam nossas terras os índios. Observados com certa desconfiança, os portugueses aportaram com suas naus no litoral sul do estado, precisamente em Porto Seguro, trazendo para aqui uma nova civilização.

Rica em acontecimentos históricos, a Capital da Bahia, Salvador, é a cidade que registra a maior concentração populacional de negros fora da África. Algo em torno de 80% da população da Capital da Boa Terra se declara afrodescendente.

A Bahia é rica, sobretudo, por sua diversidade cultural e natural. Dos 7.367 km de litoral que o Brasil possui, por exemplo, boa parte está na Bahia. O estado baiano possui a mais extensa costa litorânea do Brasil. São, exatamente, 922 km do mais belo e puro litoral.
Vista áerea do litoral baiano.

Nele, praias famosas, como a Praia do Forte, Guarajuba, Costa do Sauipe, Mangue Seco, Ipitanga, Vilas do Atlântico e Buraquinho, todas no litoral norte. Mais; Itapoan, Ondina, Rio Vermelho, Porto da Barra, Ribeira, Piatã, Amaralina, Praias do Flamengo em Salvador.

Acima, praia do Araripe, no Reconcâvo baiano.


Por ter uma faixa litorânea extensa, a Bahia criou as “zonas turísticas”. Elas foram divididas em Costa do Dendê, Costa da Baleia, Costa do Cacau, Costa do Descobrimento e Costa dos Coqueiros.


Na foto, pôr do sol na Baía de Camamu (Costa do Dendê).


Além de ter um mar de aventuras, alegria e deslumbramentos a oferecer aos visitantes e aos seus moradores, a Bahia possui as maiores Baías do Brasil. A primeira maior baía do Brasil é a de Todos os Santos, localizada em Salvador. A terceira maior Baía de nosso país, também fica na Bahia, é a Baía de Camamu, no sul do estado.

Ao turista, a Bahia ainda tem muito a oferecer. Do ponto de vista da “exploração” de seu território, o visitante ainda é presenteado com a bela Chapada Diamantina. Mucugê, Lençóis e Rio das Contas, cidades que fazem parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, sugiram lá pelos idos do século XIX.

Além delas, o turista ainda pode conhecer outras cidades localizadas no Parque, como Morro do Chapéu, Andaraí e Abaíra, dentre outras. Essas cidades, guardada as devidas proporções, têm algumas similaridades com outras cidades mineiras, a exemplo de Ouro Preto. Assim como Minas, a Chapada Diamantina constitui-se como uma região de serras e morros. Aqui, nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas.

Vista do morro pai Inácio, na Chapada Diamantina.

O Parque da Chapada Diamantina foi criado em 1985, com a finalidade de proteger a Serra do Sincorá, e não só ela, mas toda a riqueza que esse belo lugar tem a oferecer aos seus visitantes.

Ainda há mais. O Oeste da Bahia se destaca pela concentração de fazendas em longas faixas de terra. A riqueza do conhecido Vale do São Francisco, porém, não se concentra só na produção agrícola e mesmo na agropecuária. O destaque também deve ser dado ao potencial turístico que há na região. Prova disso é o próprio Rio São Francisco, que corta algumas cidades do Vale.

No centro do debate nacional, por causa da polêmica transposição, o Rio São Francisco também tem atraído um grande número de visitantes às cidades ribeirinhas. Depois das discussões em torno da transposição, e do destaque que ganhou no noticiário, o Velho Chico passou a ser rota de turismo para aquelas pessoas, sobretudo, que teme que a transposição venha a acabar com o maior e mais importante rio do nordeste brasileiro.

Vista áerea da cidade de Barreiras, no Oeste do Estado.

Importante notar, que na região Oeste do estado da Bahia há uma ligeira diferença de composição demográfica com a grande Salvador, incluindo o recôncavo baiano. Além disso, recentemente, a atenção desigual que a região recebeu do grupo do falecido ACM fez com que algumas lideranças políticas proposse, em projeto que tramita na Câmara Federal, a criação do Estado do Vale do São Francisco.

Polêmicas à parte, a Bahia, ainda oferece outros pontos para que os turistas possam visitar. A zona turística denominada “Lagos do São Francisco” tem como principal atrativo turístico o Lago de Sobradinho, responsável pela geração de energia tanto para outros estados do Brasil como para a Bahia.

Além dele, o principal atrativo desta região estar na cidade de Paulo Afonso. Aqui o aventureiro encontra uma boa pedida para a prática de esportes radicais. Cercado por paredões rochosos, que formam um vale, cuja profundidade estimada é de 30 a 170 metros, o Rio São Francisco, na cidade de Paulo Afonso, é o grande atrativo para aqueles que não dispensam o eco-turismo associado à prática de esportes radicais. Os turistas ainda podem ficar encantados com a beleza do sertão nordestino. Além disso, ainda há um pouco de história para se deliciar. Paulo Afonso foi a cidade que o famoso Lampião escolheu como refúgio. O município também serviu como cenário para o filme “Baile Perfumado”, gravado em 1996, e dirigido por Paulo Caldas e Lírio Ferreira.


Imagem da Ponte Metálica, sobre o Rio São Francisco, em Paulo Afonso.

Não poderia ficar de fora desse relato, o sertão baiano. Famoso Sertão da Bahia. Os problemas ainda persistem na região, desde que Antonio Conselheiro andou por essas bandas, lá pelos idos de 1893. Apesar disso, a região entrou para a História político-militar e social do Brasil, depois do massacre de Canudos, narrada pelo jornalista, escritor e engenheiro Euclides da Cunha, em “Os Sertões”. Clássico de nossa literatura. Certamente por isso, o Sertão da Bahia, ainda que timidamente, entrou para a rota turística do estado. Contudo, carece de um melhor aproveitamento do seu potencial turístico.

Com tanta riqueza natural, cultural e histórica, o estado da Bahia, porém, não tem aproveitado bem o seu potencial para atrair mais turistas. O maior volume de turistas que o estado recebe fica concentrado no carnaval. Pior, em Salvador. O que não contribui para a dinamização econômica do estado nem para a melhor distribuição da riqueza advinda do turismo.

Nesse “capítulo”, falamos de uma maneira genérica sobre os principais pontos turístico do estado da Bahia. Uma geral para familiarizar o leitor que pouco conhece o estado. No próximo “capitulo”, vamos falar da maior riqueza que um estado, uma cidade e um país podem ter; do seu povo. Aguardem!

Um pouco de Minas, um pouco de Bahia



Hoje começo a escrever um pouco sobre a Bahia, dando continuidade ao acordo fechado com Ana.

Minas e Bahia possuem muitas coisas em comum, que foge à regra mais comumente citada; futebol e música. Não somente isso. Bahia e Minas têm muito mais em comum do que parece - guardadas suas respectivas singularidades.

Minas e Bahia têm, ainda, um povo alegre, batalhador. Que perde o emprego, mas, literalmente, não perde a piada. Isto é, o bom humor. São carismáticos, humildes no trato com os seus pares, humanos. Felizes, ao mesmo tempo em que indignados com as injustiças que não fogem à realidade desigual deste imenso Brasil. São solidários e crentes de que tudo pode ser, um dia, melhor.

Para isso, contudo, é preciso fé, esperança. Coisas que não faltam aos mineiros e baianos. Minas com Bahia, Bahia com Minas em todas as suas riquezas naturais, humana, cultural/artística, gastronômica serão retratados aqui, no Exclamações!, e no blog dirigido por Ana, DeVoceSeiQuaseNada.

Falar de Minas foi um dos primeiros textos postados por Ana em seu blog. Antes, outro havia sido publicado por ela, O sotaque das mineiras. Duas pinturas, que merecem ser lidos e admirados. Confira!

Dias de fé, emoção, alegria e reflexão



A cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, celebrou em grande estilo a passagem da Semana Santa. Além das atividades normais desta Semana Cristã, a cidade conta há exatos 12 anos com a encenação da Paixão de Cristo.

Alegria, fé e emoção estiveram presentes no espetáculo teatral, que ocorre em dois pontos da cidade.

Em Lauro de Freitas ela aconteceu em quatro dias; 13, 14, 15 e 16 deste mês de março. Produzida pelo grupo teatral Tavolá, a encenação comemorou 10 anos de apresentação.

Em Itinga, em seu 12º ano, a encenação da Paixão de Cristo é produzida, encenada e dirigida pela Pastoral da Juventude de Itinga. A apresentação aconteceu no feriadão da Semana Santa, 21, 22 e 23, levando alegria, fé e emoção aos espectadores que lotaram a Arena armada no Largo do Caranguejo.

Apesar de contar com duas apresentações teatrais, que reconstitui a história da morte e ressurreição de Cristo, Lauro deFreitas ainda tem o privilégio de ser presenteada com Encenações distintas.

A apresentação do Centro é ecumênica. Congrega atores de outras instituições religisosas, porém, valoriza a apresentação artística. Não tem como foco a religiosidade, a evagelização do público espectador através da Encenação da Paixão de Cristo. Isto não quer dizer que a apresentação feita pelo grupo teatral Tavolá, não valorize também a religiosidade.

Não na mesma intensidade da apresentação feita pelos garotos e garotas da Pastoral da Juventude de Itinga. A Evagelização através da Encenação da saga que conta a história da morte e ressurreição de Cristo é o objetivo principal da apresentação.

Contudo, a apresentação feita pelos jovens de Itinga também pioriza o artístico, apesar de, em verdade, a grande maioria não participar de apresentações teatrais ao longo do ano. São artistas, somente, naquele momento. Passada a Semana Santa, todos retomam a (dura ?) rotina de suas vidas. Professores vão dar aula. Desempregados permanecem no mundo do desemprego ou do subemprego. Outros vão voltar à rotina da loja, como vendedores. E por aí, vamos...

O díficil, para mim, ainda é compreender aquela velha estória de que pobre não gosta de teatro. Díficil mesmo, sobretudo depois de presenciar mais de 4 mil pessoas assistindo ou querendo assitir à apresentação Cristã no feriado da Semana Santa. Mais de 4 mil pessoas com uma renda que, aparentemente, não deve ultrapassar a casa dos 2 salários mínimos e meio. Alegres, emocionadas com a Encenação apresentada por jovens enquadrados na mesma realidade que elas...


Veja fotos.

Um bilhão de pessoas sofre com falta d’água


A falta de água limpa atinge um bilhão de pessoas, aponta relatório da Organização Mundial da Saúde, divulgado em março do ano passado. Este número, segundo alerta a OMS, deverá dobrar, até 2025, quando dois terços da população poderá estar sofrendo com problemas ligados a escassez de água limpa no planeta.

Ainda de acordo com a OMS, atualmente 2,6 bilhões de pessoas vivem em locais sem condições básicas de saneamento. Esse número corresponde à metade da população dos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil.

Todos os anos 1,6 milhões de pessoas morrem por problemas relacionados à falta de acesso água adequada ao consumo humano. As maiores vítimas dessa tragédia, segundo a OMS, são as crianças menores de cinco anos, sobretudo de países pobres. Elas respondem por 90% dos casos.

Contudo, muitas doenças poderiam ser prevenidas com o uso de conhecimentos e tecnologias que existem há décadas. A água contaminada pode causar doenças como febre tifóide, cólera, malaria, dengue e febre hemorrágica, alerta a Organização Mundial de Saúde.

As mudanças climáticas, ainda de acordo com a OMS, podem piorar ainda mais a situação, ao aumentar os períodos de seca, alterar os padrões de chuvas e derreter ainda mais as geleiras do hemisfério sul.

Água contaminada mata 200 crianças por hora


Água contaminada mata 200 crianças por hora, denuncia a ONU. Doenças provocadas por falta de água propícia ao consumo humano, como a diarréia, matam mais do que a malária e a AIDS juntas, sinaliza o relatório divulgado em 2006, pelo Programa das Nações Unidas. No Brasil, contudo, a situação é amena. 90% da população têm acesso à água potável. Na coleta de esgoto, somente 75% dos resíduos são coletados e tratados no Brasil.

O estudo, Além da Escassez; Poder, Pobreza e a Crise Mundial do Fornecimento de Água, aponta que vários casos de doenças e mortes poderiam ser evitadas caso houvesse o fornecimento adequado de água e saneamento. Ainda de acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas, anualmente 1,8 milhões de crianças morrem vitimas de diarréia, e 443 milhões faltam à aula por doenças causadas pelo consumo de água não tratada para o consumo humano.

A pesquisa do PNUD, afirma ainda que o Brasil tem um bom índice de acesso a água potável. Isso coloca o Brasil próximo dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano, a exemplo da Coréia do Sul (92%) e Cuba (91%).

Estamos de volta


Estamos de volta. O último texto aqui publicado foi na sexta-feira. Sábado e domingo, geralmente, não publicamos textos. Muito mais porque, nesses dias, os nossos caros leitores estão a descansar junto com a família.

Porém, nesta segunda e terça-feiras não publicamos nenhum texto também. Muito mais por falta de tempo para pensar sobre o que escrever nesses dias. Como estava resolvendo algumas coisas, me faltou o tempo necessário para escrever sobre algo que seja interessante para você, nossos amados leitores.

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Em tempo


Continua de pé a proposta encarada por mim e por Ana de falarmos, cada, de nossos estados, respectivamente, Bahia e Minas Gerais. Não só deles, mas também da impressão/leitura que temos/fazemos do estado de cada um, nesse caso, eu de Minas, e Ana da Bahia. Os textos serão publicados tanto aqui no Exclamações! como no blog de Ana. Aguardem!

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Alegria, Alegria


Mais um feriadão se aproxima. Desta vez o da Semana Santa. Três dias de descanso para boa parte dos trabalhadores. Merecido descanso. Quando se aproxima à sexta-feira, o sorriso fica logo estampado no rosto. Brincadeiras e piadas correm soltas. As pessoas ficam menos tensa, e mais alegre, com a pequena demanda de trabalho a fazer. Imagine, então, quando se aproxima um feriadão, como esse...?

No entanto, logo segunda-feira bate à porta, apresentando mais uma semana, e volta tudo ao normal. O corre-corre, o estresse, a oferta de tempo pequena, e a demanda de trabalho cada vez maior. Mas, quando chegar à sexta-feira, ah, de novo a alegria, o sorriso, as piadas, correrão soltas...Bem que isso poderia acontecer de segunda à segunda, não acha?

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“Ladrão também gera emprego”


Ladrão gera emprego e contribui, portanto, com a economia do país. É um trabalhador como outro qualquer. Isso mesmo! Essa foi à conclusão que chegou o Jorneval.

O Youtube é uma pérola, onde se pode encontrar os mais diferentes vídeos. Dos mais engraçados aos mais menos interessantes. Não costumo procurar vídeos no Youtube, mas um foi-me apresentado na tarde de sábado.

Um ladrão é entrevistado após ser preso sob a acusação de roubo. Introduz o repórter; “O camarada tentou se adiantar em R$14, e acabou se lascando”.

“O ladrão muito doido”, como é conhecido pela internet o Jorneval, explicou o que aconteceu; “O negócio é um seguinte, né vei, estou na correria aí, fui lá (na padaria) pra me adiantar”. “E você ficou lá, que nem uma mosca ali arrodiando?”, pergunta o repórter a Jorneval. - Não, já cheguei botei pra cima, logo já ganhei a fita e sai fora, né vei.

Bem, prefiro não fazer juízo de valor. Mas vale a pena conferir o vídeo. Seja para rir um pouco, porque Jorneval não deixa de ser um tanto que engraçado, seja para fazer uma análise mais critica.
Assista ao vídeo. Clique aqui.

E o tempo não pára


Essa semana tem sido um tanto que corrida para mim. A demanda é grande, e a oferta de tempo pequena.

O dia deveria ter mais de 24 horas, ouvi certa vez. Não precisa tanto também. O problema, muitas vezes, não é o tempo que dispomos por dia, mas sim o volume de coisas a serem feitas nele, que não param de crescer.

É a dinâmica da vida, que a torna, paradoxalmente, mais interessante...


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Eita vida!


A Semana Santa vem se aproximando, e com ela aumenta a demanda por peixes e mariscos. Como de praxe, os preços vão lá pra cima, e o pobre do cidadão cada vez mais lá pra baixo. É o resultado da “lei” mais elementar de economia, a da oferta e da procura. Passada a Semana Santa as coisas, isto é, os preços voltam a se normalizar.

Para não ser injusto com os pescadores, que à medida que se divertem fazendo o que gosta, também sofrem, porque ralam pra caramba até consegui pegar um peixe no mar, eles são os que menos ganham com o comércio de peixes. Quem mais se dar bem nessa estória/história são os atravessadores.

Nessa época do ano, eles ganham “rios” de dinheiro. Mas, ressalte-se, o insuficiente para enriquecer.

O certo, porém, é que eles praticamente triplicam o valor da mercadoria, quando vendida ao comerciante. Esse, repassa a “bomba” ao consumidor final; eu e você.

No final, quem menos ganha, em termos financeiros, é o pobre do pescador.

Ou você pensava que era eu e você?

Eita vida!

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Vale à pena conferir!


Falando nisso, a cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, já começou seus preparativos para a Semana Santa. Além da procissão de Ramos, que atrai uma multidão pelas ruas da cidade no domingo que antecede o feriado da Semana Santa, há a Paixão de Cristo, evento já consolidado na cidade.

A representação teatral ocorre em dois pontos da cidade. Na Praça da Matriz, no centro, e no bairro de Itinga, no Largo do Caranguejo. A encenação, que reconstitui a morte e a ressurreição de Cristo, tanto em Itinga como no centro de Lauro atrai milhares de pessoas do estado da Bahia.

A apresentação do centro comemora dez anos, e é dirigida por Duzinho Nery. A de Itinga é dirigida pela Pastoral da Juventude, e esse ano comemora 12 anos de representação ao ar livre. A apresentação da Paixão de Cristo de Lauro de Freitas começou nesta quinta-feira (13/03), e termina no domingo (16/03). Enquanto a da Itinga começa na sexta-feira Santa (21/03) e termina no domingo de Páscoa (23/03).

A primeira apresentação, a de Lauro, foge ao convencional. A representação tradicional. Ela mescla aspectos culturais contemporâneos, como o samba reggae baiano e o hip hop à brasileira, e incorpora no seu enredo problemas sociais da atualidade, como o uso de drogas e o aumento da criminalidade entre os jovens.

Enquanto a de Itinga segue o tom tradicional da encenação. Foca o lado religioso, sem perder de vista questões atuais de nossa sociedade. Porém, essas questões somente são pontuadas após a missa, que é celebrada pelo Padre Miguel.

Tanto uma como a outra Apresentação da Paixão de Cristo, contudo, são dignas de aplausos e da presença do público. O que confirma o sucesso de crítica e de público que os dois eventos ganha a cada ano. Vale à pena conferir!

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Minas e Bahia


Um desafio foi colocado para mim essa semana. Aliás, não só para mim. Compartilhei-o com Ana Fontes.

A proposta, aceita por mim e por Ana, é que façamos um texto, cada, falando de nossos estados, o meu, a Bahia, e o dela, Minas Gerais. Vamos abordar, em nossos blogs, questões peculiares a nossos estados.

Aliás, não só isso. Minas e Bahia têm muita coisa em comum, que ultrapassa a fronteira da música e do futebol, para citar dois exemplos clássicos. O leitor do Exclamações! poderá acompanhar os textos aqui, e lá, no blog de Ana, Devoceseiquasenada.

Ana, contudo, pede paciência. Ela quer escrever a respeito quando estiver inspirada. O que me confessou já estar.

Prometo a partir da próxima semana começar a escrever, falando da Bahia, para os mineiros, e das impressões que tenho de Minas. Aguardem!

E fique atento...!

Para ter acesso ao blog de Ana, clique aqui.

Estórias para contar


Além de Beth, uma Austríaca que se diz apaixonada pelo Brasil, outros estrangeiros, que vem passar férias em nosso país, também se apaixonam por ele. Coisa rara é um dizer o contrário. Gostam do nosso clima, da nossa gastronomia. São apaixonados pelas nossas belezas e riquezas naturais. Adoram as nossas frutas tropicais. Ficam impressionados com a nossa riqueza (e diversidade) cultural. Gostam, sobretudo, de nossa gente.

Em fevereiro, durante o carnaval, conheci um peruano que também se apaixonou pelo Brasil. Muito gente boa, além de muito engraçado, ele veio pela primeira vez ao nosso país. Cunhado de uma amiga, foi passar o carnaval com ela e seu irmão na Costa do Dendê, litoral sul da Bahia.

Quando chegou a baía de Camamu, logo após ser apresentado à turma, perguntou;
¿dónde és el motel? O que muitos poderiam encarar de maneira “revoltante”, levamos, ao contrário, na brincadeira. Um amigo, Diogo, foi quem respondeu às gargalhadas; “aqui não existe ‘motel’, e sim ‘matel’”, referindo-se ao mato, que predomina no lugar, e, normalmente, onde os pombinhos namoram.

Todos riram, por sinal.

Como não fala português, somente espanhol, Carlos foi motivo de muitas brincadeiras. Sacanas, é verdade. “Namorador”, ele queria voltar para o Peru com muitas estórias para contar. Por isso, quis logo sair com a turma para que fosse “apresentado às meninas”. “Deixa comigo”, satirizou Diogo.

Nos bares da ilha - ele atrás de “meninas”, e nós de diversão - conversamos um pouco sobre as suas impressões quanto ao Brasil, maior e mais importante país da América do Sul.

Ficou impressionado com as nossas riquezas e nosso clima tropical, ele adiantou.

Antes mesmo de ser indagado a respeito, logo começou a falar da mulher brasileira. Ou melhor, das mulheres brasileiras. Sobre elas, garantiu que são as melhores. Por que, perguntamos a ele. Segundo sua observação, porque são mais “esquisitas”. Calma, ele quis dizer, na verdade, que as brasileiras são mais gostosas do que as peruanas – em espanhol gostosa significa “esquisita”.

As peruanas, ainda de acordo com ele, além de serem mais conservadoras, não são “esquisitas”. Faltam-lhe qualidades físicas para tal, explica-se em bom português o que ele quer dizer sobre suas conterrâneas.

Sobre a economia do Brasil, considerou-a “muy bien”, sobretudo quando comparada com a do seu país.

Não reclamou da nossa bebida, especificamente a cerveja, mas disse que a do seu país é bem mais forte do que a nossa. Assim, sem querer explicou por que tanto bebia e só ele não ficava bêbado.

Pretende morar no Brasil, confessou para a turma na praça, em meio as nossas palhaçadas. Após concluir a faculdade de medicina, completou ele, que pretende se especializar em Oncologia.

Namorador — “Namorador”, ele foi, mas só na lábia. Precisou de uns empurrãozinhos para poder “andar”. Para a alegria de Izabel, sua paquera na ilha, que já não agüentava mais tanta conversa.

O problema maior, para a turma, era saber se ela estava entendo alguma coisa do que ele dizia. E vise-versa.

Para emplacar o romance, que até então só se resumia a muita conversar e caminhadas em torno da praça, regadas a cerveja brasileira, coube a Luiz Henrique.

Com menos de 10 anos, o papel central/principal daquela que já se transformava em uma novela coube a ele; ser o cupido.

E ele fez jus ao papel que lhe foi incumbido. Como “o Deus do Amor” não fez veio, e mostrou ao seu tio “namorador” o caminho às deusas tropicais. Isto é, “a deusa” tropical; Izabel.

Para a felicidade de Carlos, que enfim conseguiu sair do “atoleiro”, e alegria da turma, que enfim viu o “romance” engatinhar. O romance, contudo, que só durou dois dias, para a tristeza dos “deuses do amor” e dos pombinhos...

Sem esconder a alegria de ir participar do carnaval de Salvador, mas também sem conseguir disfarçar à sua vontade de querer permanecer um pouco mais na ilha, lá se foi Carlos...atrás de mais estórias para contar aos seus conterrâneos quando no Peru chegar...

Experiência exigida por empregadores não poderá ultrapassar seis meses

Da Agência Brasil


Brasília - O período de experiência exigido para contratos de trabalho não poderá ultrapassar o período de seis meses.

A lei que acrescenta novo artigo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi publicada hoje (11) no Diário Oficial da União (DOU) e entra em vigor imediatamente.

“Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação superior a seis meses no mesmo tipo de atividade”, prevê o texto sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.


Fonte; Agência Brasil.

Sebastião Salgado; “Eu Confio no Lula”



Sebastião Ribeiro Salgado é o mais renomado fotografo brasileiro. Seu trabalho é reconhecido mundialmente, sobretudo por sua sensibilidade no fotografar.

A leitura que Sebastião faz, por meio das lentes, do cotidiano das pessoas, por onde passa, comove. É real. Sensível. Nunca, talvez, um recorte da realidade tenha sido tão verdadeiro, belo e, paradoxalmente, trágico, como as fotografias captadas pelas lentes de Sebastião Salgado.

Brasileiro, nascido na Micro região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, logo cedo Sebastião Salgado teve que sair do Brasil. O período era de efervescência política, onde os militares reprimiam e perseguiam militantes de esquerda. Logo, foi exilado. Embarcou para a França, acompanhado da mulher, onde até hoje mantém residência.

Formado em economia pela USP, Sebastião trocou a economia pela arte do fotografar. Em 1973, começou a fotografar com a máquina emprestada de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, durante uma viagem à África. Dali, já sabia o que queria. Fotografar. Registrar o cotidiano, a vida das pessoas mais pobres. E foram vários trabalhos. Todos reconhecidos pela critica. Entre eles Outras Américas. Fome no Sahel. Trabalhadores.

Sebastião Salgado foi entrevistado pelo jornalista Fernando Eichenberg, em Paris. A entrevista, que vale a pena ser lida, foi publicada nesta segunda-feira (10/03) no Terra Magazine.

Confira na íntegra a entrevista. Clique aqui.

Novo visual


O Exclamações! mudou de visual. Agora mais leve, ele visa facilitar a leitura do internauta que acessa o nosso blog.

Além disso, agregamos ao Exclamações! mais duas ferramentas, que terão como finalidade registrar a quantidade de acessos diários ao blog. Mais; dizer-nos de onde veio e como chegou ao nosso blog o internauta.

Clicando no link que fica abaixo do título Já passaram pelo exclamações!”, localizado no canto superior direito da tela, o internauta poderá ter acesso aos dados de maneira detalhada.

A mudança no Layout ocorreu depois de realizadas algumas consultas às pessoas que acessam o Exclamações!. Antes, ouvi algumas “queixas” quanto ao layout anterior. Diziam alguns dos leitores do nosso blog, que ele dificultava a leitura, que tornava o blog pesado.

Particularmente, sempre gostei do layout anterior. Avaliava que ele tinha mais a ver com o blog, que havia caído como uma luva nele. Apesar, contudo, de também achar que a leitura se tornava cansativa com o fundo preto à tela.

Além das mudanças acima comentadas, outros componentes foram integrados ao Exclamações!. No canto superior direto da tela, há um campo de busca. O leitor do blog poderá pesquisar os textos que já foram publicados no Exclamações!. Para isso, basta digitar o título do texto publicado para que a busca tenha êxito.

O Exclamações! apresenta agora o feed, que tem como finalidade está informando ao internauta cadastrado quando da atualização do Exclamações! Seria algo próximo a um newsletter. Talvez - me arriscaria em dizer - até melhor.

Na internet, o Wikipédia assim define o termo Feed; “Na prática, Feeds são usados para que um usuário de internet possa acompanhar os novos artigos publicados e demais conteúdos de um site ou blog sem que precise visitar o site em si. Sempre que um novo conteúdo for publicado em determinado site, o ‘assinante’ do feed poderá ler imediatamente”. Melhor definiu a enciclopédia virtual para o leitor que quiser ter acesso instantâneo quando algum conteúdo for publicado no Exclamações!

Clique aqui e veja como é melhor a leitura dos textos do blog pelo feed.

Um problema no novo layout do blog até hoje, entretanto, me intriga. A configuração, como bem observou Ana Fontes, “ta meio maluca”. Até hoje não consegui compreender por que o dia da semana, que aparece escrito no canto superior esquerdo do blog, fica por cima do título do texto publicado. Ou seja, encobre o título do texto, impedindo, assim, a leitura do mesmo.

Tanto eu, como Yuri Almeida, não conseguimos entender por que isso acontece até agora. Aliás, foi Yuri quem me ajudou nessa nova configuração, quando estive em sua casa na sexta-feira para reunião de “negócios”.

Espero, contudo, que esse pequeno problema não perdure por muito tempo. Afinal, trabalhamos para tornar as coisas mais fáceis ao leitor de Exclamações!

Por sinal, em enquête realizada em nosso blog recentemente, os internautas solicitaram que os textos publicados no Exclamações! fossem mais objetivos, isto é, diretos. Isto porque, segundo eles, estou escrevendo demais, além da conta, e, como se sabe, não há muito tempo para que todos possam, em seu dia-a-dia, ler textos muitos longos...

Prometo ser mais objetivo, portanto, em meus textos daqui por diante.

Aliás, quero registrar que, em princípio, fui resistente à idéia de mudar o layout do Exclamações!. Gostava do layout anterior - confesso. Mas se é para o bem do blog e, em conseqüência, de todos os leitores que o acessam diariamente, que seja bem vinda às mudanças.

E que os internautas continuem contribuindo com o processo de aperfeiçoamento do Exclamações!

Conto com vocês!

Um forte abraço,
Daniel Ferreira.

"Tocando em Frente" mulheres



“Tocando em frente” é uma linda letra musical de Emir Sader e Renato Teixeira.

Há muito tempo que não a escutava.

Acessando o blog da Ana acabei por ver transcrita a letra da música.

Não estando satisfeito por completo, visitei o Youtube. Lá encontrei a música, cantada por Maria Bethânia.

No vídeo não aparece a minha conterrânea de voz doce. Nele, apenas uma estrada do Estado de Goiás, mas tendo ao fundo a suave voz de Bethãnia.

Uma idéia muito inteligente de quem postou o vídeo integrado à música.

Vale o acesso.

Dedica-se a música, aliás, em especial, ao público feminino que acessa o Exclamações!.

Neste sábado (08/03) se comemora o dia Internacional das Mulheres.

Uma homenagem singela às mulheres, cuja contribuição para a formação do homem é inestimável. Indescritível, eu diria.

Muito devemos a elas. Tamanha a sua importância em nossas vidas.

Portanto, parabéns a todas às mulheres!

Para ter acesso integral a letra da música clique aqui.

Tentei postar o vídeo aqui no blog, mas o mesmo, em várias tentativas, recusou à postagem.

De todo modo, para ter acesso ao vídeo é só clicar aqui.

Ações para o Bem

Ontem (05/03) Carta Maior realizou mais um debate sobre Aquecimento Global, transmitido ao vivo pela internet.

As discussões ficaram centradas em alternativas que busquem reduzir as emissões de gás carbono à atmosfera, um dos principais fatores causador do aquecimento do clima.

O Brasil configura entre os maiores poluidores do mundo. Sua cota fica concentrada na derrubada e queimada das florestas, sobretudo a Amazônica.

Nas cidades, isto é, nos grandes centros urbanos, o que mais contribui para a poluição da atmosfera são os automóveis. Eles estão cada vez mais freqüentes nas estreitas ruas e avenidas de dezenas de médias e grandes cidades brasileiras.

Especialistas debateram também sobre a necessidade de um sistema de transporte público de massa mais eficiente. Isso poderia contribuir para com a redução dos carros nas avenidas das grandes cidades, com os grandes congestionamentos encontrados diuturnamente nelas, assim como com a poluição do ar das mesmas.

Além disso, eles trataram do desenvolvimento de alternativas energéticas, o que já existe no Brasil, mas que precisa ser ampliado e estendido à massa da população.

Na oportunidade, questionou-se o modelo atual de desenvolvimento urbano. O Exclamações!, por sinal, ainda que de maneira superficial, já vem tratando desse tema.

A importância das universidades públicas e privadas começarem a desenvolver projetos, no sentido prático, para a sociedade, e em especial para as comunidades mais carentes de serviços públicos, se faz essencial para o desenvolvimento sustentável que agora se propõe.

O que falta? Vontade política, e mesmo acadêmica, dos reitores aos professores. Essa é a realidade.

Além disso, observou-se que o Brasil possui uma baixa densidade demográfica ante seu imenso território.

O que há, na verdade, apontam ainda os debatedores, é uma intensa concentração populacional nas regiões urbanas - metropolitanas, principalmente. E uma imensidão de terras vazias em outras – além de cidades interioranas cada vez mais perdendo seus habitantes para os grandes centros urbanos.

Uma política, portanto, de desenvolvimento sustentável depende também de ações integradas no que diz respeito ao desenvolvimento econômico/urbano, social e ambiental das e entre as cidades, estados e a União.

Políticas que as integre, sobretudo, de maneira econômica, ao invés de distanciarem-nas, através, por exemplo, da guerra fiscal. Permitindo, por fim, o seu desenvolvimento.

Falando nisso...

A falta de uma política consistente de desenvolvimento urbano sustentável faz com que as cidades enfrentem atualmente vários problemas. Dentre eles se destacam os problemas de ordem econômica, social e ambiental.

O crescimento urbano desordenado é o principal responsável pelo inchaço demográfico nas grandes e médias cidades. Com ele é que se dá a ocupação desordenada do solo. Isso ajuda para com os deslizamentos de terras, promovidos, principalmente, nos períodos de chuvas. Isto porque, na maioria das vezes, as encostas e morros acabam por ser ocupados, de maneira irregular, por famílias de baixa renda.

Em busca de melhores condições de vida, e de maiores oportunidades no mercado de trabalho, essas famílias migram para os grandes centros urbanos. Sem condições de pagar aluguel, passam a ocupar morros e encostas, onde costumam construir as suas casas.

Como o poder público se faz ausente, de várias maneiras, as tragédias continuam a acontecer, pondo em risco a vida dessas famílias, principalmente quando dos deslizamentos de terras no período de chuvas.

Sem estrutura, e desempregadas, elas migram também para a economia informal. Os mais jovens, facilmente, passam a ser cooptados pelo mundo do crime. Aqui, mais uma bomba passa a estar armada.

Enquanto isso, no âmbito acadêmico, defende-se a tese de que o aquecimento global poderá contribuir ainda mais com o processo migratório. É uma hipótese que alguns defendem e outros não.

A busca de alternativas que venham a minimizar os impactos das ações humanas sobre o meio ambiente, é que se faz salutar. E urgente.

O desenvolvimento urbano sustentável é uma das alternativas. A conscientização da população, através da educação ambiental, outra.

Além do desenvolvimento urbano sustentável, a reutilização da água, o aproveitamento da energia solar e da circulação de ventos, por exemplo, contribuirão de maneira significativa na redução dos impactos à natureza.

A reciclagem de produtos descartáveis, como em muitos casos já vem acontecendo, também se faz importante. Além de minimizar os impactos ambientais, gera emprego e renda às famílias de baixa renda. Contribui, também, com o desenvolvimento humano.

Essas e muitas outras ações são importantes ao desenvolvimento sustentável, sobretudo quando saem do campo das idéias e passam a integrar o conjunto das ações práticas dos poderes públicos, das universidades e dos cidadãos.

Utilizar os recursos naturais que dispomos no presente, mas sem exauri-los para as próximas gerações, que precisarão desses mesmos recursos para a sua sobrevivência num futuro próximo, depende muito do que fazemos hoje e do que propomos para o amanhã.

Tudo passa, contudo, por ações de cada cidadão no seu dia-a-dia. E, sobretudo, dos estímulos por parte dos poderes públicos constituídos.

O controle e o ordenamento do uso do solo também são importantes para um desenvolvimento sustentável. A ocupação irregular do solo, como pontuado anteriormente, põe em risco à vida de muitas famílias que, infelizmente, de maneira inocente e irregular, passaram a ocupá-lo.

Portanto, além do controle quanto ao uso e ordenamento do solo, cabe também às autoridades competentes estarem implementando de maneira mais eficaz políticas públicas de habitação para as famílias de baixa renda, que não dispõe de um teto para morar; políticas públicas de geração de emprego e renda, que contribuam também com o desenvolvimento humano e, em conseqüência, econômico das cidades onde elas moram.

A Terra Prometida

Muitas vezes vi algumas pessoas criticando o Brasil, como se tivesse vergonha de aqui morar. Assim, diziam elas, “vou embora daqui”, “não agüento mais esse país”, “que lugar atrasado, tenho que sair daqui”, e coisas do tipo.

A revolta dessas pessoas, e certamente de outras mais, deve estar relacionada a problemas políticos, econômicos e sociais. Na ordem; corrupção, pobreza, violência. Que, como sabemos, já fazem parte de nossa vida cotidiana.

E já estamos até acostumados com tudo isso – por incrível que pareça. Tanto assim que, ao invés de encararmos os fatos de frente, não, damos às costas para eles, como se, de repente, não existissem. Aí, qual o mecanismo de defesa que utilizamos? O de criticar o país onde moramos.

Mais; dizer que daqui vamos embora. Não voltaremos mais. Etc.

Uma viagem, de vez em quando, para o exterior, é muito bom, sobretudo do ponto de vista cultural. E ninguém questiona isso, que fique claro. É certo dizer também que muitos países lá fora acabam por oferecer maiores oportunidades do que o Brasil, que ainda continua a ser a tão sonhada “terra prometida”.

Talvez estejam aqui os dois principais fundamentos, e argumentos, para que alguns brasileiros continuem a cuspi no “prato” que um dia “comeram”.

Muitos, contudo, quando passam a morar fora, sentem saudades do Brasil. De tudo de bom que nós temos, que superam, aliás, e muito, às coisas desagradáveis que insistem em nos acompanhar. Sentem falta das frutas e da culinária brasileira. Do calor humano brasileiro. Do sol tropical. Das nossas riquezas e belezas naturais.

A maioria, certamente, quer retornar. Alguns, depois de anos de labuta, voltarão à terra tupiniquim. Outros, talvez não queiram nem voltar, ou até querem, mas tem medo de voltar e não manter o padrão de vida conquistado lá fora. (Àqueles que conquistaram, né?!).

Quando há uma dessas festas no exterior promovida para brasileiros, a exemplo daquela que acontece anualmente em Nova Iorque, sente-se, ainda que pela televisão, o quanto eles morrem de saudades daqui. Muitas saudades.

Certamente queriam voltar. Até acho que deveriam retornar ao Brasil e se unir aos demais que continuam a lutar por um país mais justo, igualitário nas oportunidades para os teus filhos e muito mais harmônico. Porque somente com o trabalho, a união, a justiça e a educação poderemos ajudar o Brasil a se tornar “a terra prometida” dos nossos sonhos.

A matemática da política

A equação da matemática política é simples; a "direita" defende os seus interesses, dos mega-empresários e mega-empresas, que financiam as suas campanhas. Muitos do que compõem isso que chamamos de “direita” são grandes empresários, donos de extensas áreas de terras. Alguns não perdem tempo no blá-blá-blá da política, e preferem mesmo é pagar àqueles que queiram lhes defender. Isto é, defender os seus interesses. Exemplo típico; a bancada ruralista.

A "esquerda", quando na oposição, “defende” os interesses, ao que se imagina, da população, da maioria pobre, em busca da “revolução socialista”. Isto, em tese a princípio, ao contrário do que se pensa, também beneficiaria a classe média.

Mas, quando a "esquerda" estar no poder, se rende as benesses do mesmo. E passa, ainda que de maneira superficial, ou implícita, a beber da mesma fonte da "direita". Depende, agora, dos grandes e megas-empresários e empresas para financiar as suas campanhas.

Também pensam em perpetuar no poder. Por isso, faz um pacto de lealdade/fidelidade; no discurso, a "simbologia esquerdista", o combate aos grandes empresários, ao capitalismo. Nas ações, o conservadorismo do pessoal do centro à direita.

Tenta-se, a priori, equilibrar os interesses. Isto é, estende-se à mão aos dois lados, tendendo-se mais para o que dispõe de maior força, evidente.

No meio de tudo isso, a sociedade. Nela, em especial, a classe média, cada vez mais achatada, e a massa pobre da população, que corresponde à maioria desta nação.

Até hoje, tanto uma como outra, iludidas, não viram àqueles que ganharam as eleições e ganham $ (muito bem, por sinal) para defender os seus interesses, os interesses da sociedade como um todo, advogar a seu favor. Do bem comum.

Enquanto isso.... A gente vai levando....

... porrada, porrada...

Mas, "até quando você vai ficar sem fazer nada..."??

Que a paz esteja com todos

Advogado formado pela Universidade de Antioquia. Especializado em Administração e Gerência pela Universidade Harvard. Graças à Bolsa Simón Bolívar do Conselho Britânico, entre 1998 e 1999, estudante da Universidade Oxford, na Inglaterra.

Álvaro Uribe Vélez nasceu em Medellín, em 4 de julho de 1952. Ingressou na vida política, relativamente, cedo. Em 1976 foi chefe de Bens das Empresas Públicas de Medellín. Entre 1977 e 1978 passou á secretário-geral do Ministério do Trabalho. Em seguida já era diretor da Aeronáutica Civil, 1980 e 1982. Prefeito de Medellín, em 1982, e, entre 1984 e 1986, vereador da mesma cidade. Entre 1986-1990 e 1990-1994, senador da República Colombiana. Logo em seguida, já era eleito governador do Departamento de Antioquia - 1995-1997.

Em 2001 alcança o posto máximo de sua nação ao ser eleito presidente da Colômbia para o período 2002-2006. Tornou-se o primeiro presidente a ganhar as eleições em seu país no primeiro turno desde que se instalou a medida na Constituição de 1991. Com 53% dos votos, Uribe deixou para trás seu principal concorrente, Horácio Serpa. Em 2006, com a popularidade alta, consegue obter Corte Constitucional favorável à alteração na Constituição, o que lhe permitiu disputar a reeleição em 2006.

Ao longo dos anos, pesquisas de opinião vêm apontando para alto nível de aprovação do seu governo. Algo acima de 70%. Esses índices dar-se, sobretudo, pela sua política de combate às guerrilhas – entre elas a Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o Exercito de Libertação Nacional da Colômbia e a Autodefesas Unidas da Colômbia. Essa política de combate busca restituir a ordem e a convivência pacífica num país imerso num conflito interno há anos – de busca ao poder, explica-se, envolvendo a extrema direita e a esquerda.

Na Colômbia, seus opositores sempre o acusaram de ter ligações muito próximas com grupos paramilitares de extrema direita. Além disso, um dos pilares de sua política concentra-se em segui á risca o que propôs o conhecido Consenso de Washington. Um conjunto de medidas formulado em novembro de 1989, por economistas ligados a Instituições como o FMI, que propõe a redução dos gastos e da presença do estado, sobretudo para os países em desenvolvimento, como é o caso da Colômbia.

Influência americana - Uribe é o presidente, na América Latina, mais próximo de Bush. Porém, é o mais distante ideologicamente, no nosso continente, no momento, dos demais governos que estão à frente dos países vizinhos. Estar mais à direita do que à esquerda - esta que compõe maioria à frente dos governos, atualmente, dos países da América do Sul.

Os rituais palacianos, muitas vezes, do governo Colombiano, são similares aos dos EUA. Os pronunciamentos, por exemplo, estão mais próximo disto que se escreve.
A maneira como se postam os militares, o próprio presidente e os símbolos escolhidos para os pronunciamentos oficiais, caracterizam, melhor, a aproximação ideológica entre os governos Colombiano e dos EUA.

Isso ficou evidente depois do ocorrido na madrugada deste sábado (01/03), quando 19 guerrilheiros das Farcs foram assinados em território Equatoriano. Entre eles, o principal porta voz da guerrilha, Raúl Reyes – seu nome verdadeiro, na verdade, é Luis Edgar Devia.

O governo de Uribe acaba de promover não só uma chacina político-militar, e violação aos direitos internacionais, quando da “transgressão dos princípios de soberania e integridade territorial”, ao invadir o território Equatoriano, mas uma crise diplomática sem precedentes na historia recente da América do Sul.

O assassinato do principal porta voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Raúl Reyes, em território Equatoriano, criou não só uma crise diplomática envolvendo a Colômbia, Venezuela e Equador, mas também a impossibilidade de negociação e libertação dos mais de 40 reféns que a guerrilha mantém, e vinha negociando a sua libertação com a intermediação de Hugo Chávez, presidente Venezuelano. Seis importantes reféns já foram libertados, desde o início deste ano. A guerrilha pretendia trocar outros prisioneiros por guerrilheiros presos com o governo colombiano.

A Farc luta há mais de trinta anos para chegar ao poder e implementar o que chama de socialismo na Colômbia. Além dela, outras guerrilhas também lutam contra o poder, mas pelo poder.

Há acusações, ainda, de que o ataque do exército Colombiano em território do Equador tenha sido patrocinado pelos EUA, com o fornecimento de armas, informações e tecnologias que facilitassem a chegar aos guerrilheiros e a realização da operação com sucesso.

Essa disputa interna pode causar problemas imprevisíveis às nações envolvidas diretamente (Colômbia, Venezuela e Equador), e mesmo àquelas envolvidas indiretamente – nas negociações para que a crise seja resolvida no campo diplomático e não no militar.

Deseja-se, contudo, que a paz esteja com todos.