Milhares, senão milhões de brasileiros foram aos postos e unidades de saúde Brasil afora atrás da vacina contra a febre amarela. A morte de algumas pessoas com suspeitas de terem sido infectadas com o vírus foi o principal motivo dessa procura demasiada.
Alguns especialistas consideraram que houve grave erro por parte dos órgãos de imprensa, cujas informações divulgadas levaram as pessoas à procura da vacina nas unidades de saúde. A princípio, sem necessidade.
Segundo eles, a vacinação só é necessária àquelas pessoas que estão ou irão às áreas consideradas de risco. As pessoas que ficam nos centros urbanos “livres” da febre amarela, em principio, não precisam da vacina, pois não correm o risco de serem infectadas com o vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, as áreas consideradas de risco endêmico são o Centro Oeste e o Norte do Brasil. As de transição o Oeste da Bahia e do Piauí. Além de quase todo o estado de Minas Gerais, e pequena parte do estado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Indene de Risco Potencial, sul de Minas Gerais, Sul da Bahia e Espírito Santo.
Indene, quase todo o nordeste brasileiro (Bahia e Piauí, um pouco mais de 50% dos seus respectivos territórios). Cerca de 40% do território do Espírito Santo. Todo o Rio de Janeiro. Boa parte dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Confira no mapa aqui.
Ainda assim, nos centros urbanos, a proliferação do vírus da febre amarela pode se dá por meio do mosquito da dengue. É simples. Uma pessoa foi infectada pelo vírus da febre amarela, quando esteve na Amazônia. Chegando a sua cidade de origem, São Paulo, um mosquito da dengue a pica. O vírus que estava no portador (a pessoa que esteve na Amazônia), agora também está no Aedes Aegypti, que vai contaminar uma pessoa quando ele a picar. E assim, o vírus pode se proliferar, facilmente, pelos centros urbanos.
Por isso, além de vacinar as pessoas que residem nas áreas consideradas de risco, o importante é, também, vacinar àquelas pessoas que forem a esses lugares, seja a passeio ou a trabalho, para que elas não retornem a sua cidade de origem contaminada pelo vírus da febre amarela.
Além disso, se faz necessário um importante trabalho, o trabalho formiguinha. A extinção, ou, ao menos a redução dos focos onde podem se proliferar o mosquito da dengue, o conhecido Aedes Aegypti, depende da ação da população.
Água parada, e limpa, é uma verdadeira fabrica para a proliferação do mosquito da dengue. Ela pode estar em vários lugares. Por isso a importância do trabalho e da participação da população como um todo. Isto é, não permita que o acúmulo de água limpa fique parada em recipientes como pneus, copos plásticos, coco, vasilhas plásticas de manteiga/margarina, ralos, por exemplo, de banheiro e varanda residenciais e vasilhas onde constam plantas e que possam acumular água parada. Tudo isso contribui para a proliferação do mosquito da dengue, verdadeiro reprodutor da febre amarela nos centros urbanos.
Se puder, nos ralos das varandas e dos banheiros, ponha um pouco de sal. O sal ajuda no extermínio das lavas, encontradas até mesmo nos boxes e ralos de banheiro. Faça isso, ao menos, uma vez na semana.
Morte — Algumas pessoas, alarmadas com os casos suspeitos de morte por febre amarela, logo procuraram os postos de saúde para se vacinar. Isso aconteceu, defendem os especialistas, porque houve a espetacularização da notícia. O que fez com que, muita gente, se vacinasse mais de uma vez. A vacina só se faz necessário uma vez, no prazo de dez anos. As contra-reações, e a vacinação em excesso levaram muitas pessoas ao óbito. Outras, por não reagirem bem à vacina. Alérgicas a determinadas substâncias, vieram a óbito.
Sendo um país tropical, o Brasil não está imune, totalmente, a essas e outras doenças tropicais. A redução delas, contudo, é possível, por meio de ações do poder público, assim como através da participação e consciência de cada cidadão. Compreendendo que fazemos parte de um todo, a sociedade, e que a união faz a força.
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