Axé, Bahia!
Falar do baiano, a princípio, não é fácil. Podemos correr o risco de ser redundante. Quem sabe injusto para com esse povo tão especial. O baiano é um ser alegre, trabalhador. Consegue, incrivelmente, contrabalancear o trabalho e a diversão. Gosta de uma festa. Se declara apaixonado por uma praia. Não dispensa uma loirinha nos finais de semana.

Porém, ao contrário do que pensam, o baiano gosta muito de trabalhar. Mesmo numa festa, lá está ele trabalhando. Vendendo seu “churrasquinho de gato”. Sua cervejinha. Cantando e tocando em cima dos trios elétricos. Trabalhando na construção de uma cidade, Salvador, que anda, constantemente, em transe. Ao baiano, quem sabe, pode faltar muita coisa, mas não lhe falta jogo de cintura para levar esta vida “numa boa”.

O baiano é amigo. Irmão. Pai. Mãe. Sabe ser solidário, companheiro com as pessoas.

Ao chegar à Bahia o turista logo sente esse inconfundível calor humano. A alegria baiana contamina qualquer um que por aqui aporte.

Axé, meu rei! A fé é um fato constante na vida do baiano. Aqui há também a diversidade religiosa. Candomblé, Igrejas protestantes e a Igreja Católica tentam viver em harmonia. É verdade, infelizmente, que ultimamente tem ocorrido à perseguição a religião de matriz africana. Tão rico e importante à Bahia, o Candomblé conseguiu superar todos os obstáculos que lhe foram imposto à frente no período colonial. Mesmo que sofrendo todo tipo de censura o negro-baiano conseguiu manter as tradições dos nossos antepassados, quando para o Brasil vieram escravizados.

Na Bahia, festas populares tradicionais sempre conviveram em harmonia com a Igreja Católica e o Candomblé. Talvez feito único na história da humanidade, à frente das festas de Yemanjá, Senhor do Bonfim e das lavagens das escadarias de outras muitas igrejas Católicas, além dos religiosos católicos, há as baianas de candomblé. O respeito, a tolerância, a alegria, a harmonia e a fé se fazem presentes, traços marcantes do ser baiano.

E é com essa simpatia, energia positiva, fé, alegria, respeito e força de vontade que fazem dos baianos pessoas tão admiradas por aqueles que os conhece. E não é, portanto, mentira dizer que o baiano é hospitaleiro. É. Recepciona o incauto turista com atenção, alegria e satisfação. Brinda e alegra-se com a diversidade.

Contudo, nem tudo são flores. A Bahia também sofre com a desigualdade social. Infelizmente ela permanece presente em nosso estado. O que, em certa medida, justifica os elevados índices de violência que o estado tem registrado nos últimos anos, em especial Salvador.

O baiano, porém, arriscaria dizer, é o céu, é a arte. É a água, o mar. O vento, o ar, o respirar. O Baiano é o sentir. É o cantar. O escrever, o musicar. O baiano é alegria do amar, mas a dor do chorar. O baiano sou eu, é você. O Baiano é o estado que chamamos Bahia. O baiano é a fé, e o viver. O Baiano, em síntese, é a maneira mais clara e evidente do que é ser brasileiro. Plural, porque multicultural em sua formação étnica, e singular, porque único nesta diversidade.

Axé, meu rei e minha rainha!

Vista das praias do Porto e Farol da Barra na Capital baiana, Salvador.

Um pouco da Bahia

No detalhe, o Plano Inclinado. Ao fundo a Baía de Todos os Santos.



Estado que mais faz divisa com outras unidades da federação - ao todo são com 8 estados -, a Bahia é o mais rico de todos os estados do nordeste. Em termos territoriais ocupa uma extensa área, calculada em 567.692,669 quilômetros quadrados.

Foi aqui, em 1500, que o Brasil, enquanto nação, começou a nascer. Nessa época, conta os registros históricos, só habitavam nossas terras os índios. Observados com certa desconfiança, os portugueses aportaram com suas naus no litoral sul do estado, precisamente em Porto Seguro, trazendo para aqui uma nova civilização.

Rica em acontecimentos históricos, a Capital da Bahia, Salvador, é a cidade que registra a maior concentração populacional de negros fora da África. Algo em torno de 80% da população da Capital da Boa Terra se declara afrodescendente.

A Bahia é rica, sobretudo, por sua diversidade cultural e natural. Dos 7.367 km de litoral que o Brasil possui, por exemplo, boa parte está na Bahia. O estado baiano possui a mais extensa costa litorânea do Brasil. São, exatamente, 922 km do mais belo e puro litoral.
Vista áerea do litoral baiano.

Nele, praias famosas, como a Praia do Forte, Guarajuba, Costa do Sauipe, Mangue Seco, Ipitanga, Vilas do Atlântico e Buraquinho, todas no litoral norte. Mais; Itapoan, Ondina, Rio Vermelho, Porto da Barra, Ribeira, Piatã, Amaralina, Praias do Flamengo em Salvador.

Acima, praia do Araripe, no Reconcâvo baiano.


Por ter uma faixa litorânea extensa, a Bahia criou as “zonas turísticas”. Elas foram divididas em Costa do Dendê, Costa da Baleia, Costa do Cacau, Costa do Descobrimento e Costa dos Coqueiros.


Na foto, pôr do sol na Baía de Camamu (Costa do Dendê).


Além de ter um mar de aventuras, alegria e deslumbramentos a oferecer aos visitantes e aos seus moradores, a Bahia possui as maiores Baías do Brasil. A primeira maior baía do Brasil é a de Todos os Santos, localizada em Salvador. A terceira maior Baía de nosso país, também fica na Bahia, é a Baía de Camamu, no sul do estado.

Ao turista, a Bahia ainda tem muito a oferecer. Do ponto de vista da “exploração” de seu território, o visitante ainda é presenteado com a bela Chapada Diamantina. Mucugê, Lençóis e Rio das Contas, cidades que fazem parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, sugiram lá pelos idos do século XIX.

Além delas, o turista ainda pode conhecer outras cidades localizadas no Parque, como Morro do Chapéu, Andaraí e Abaíra, dentre outras. Essas cidades, guardada as devidas proporções, têm algumas similaridades com outras cidades mineiras, a exemplo de Ouro Preto. Assim como Minas, a Chapada Diamantina constitui-se como uma região de serras e morros. Aqui, nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas.

Vista do morro pai Inácio, na Chapada Diamantina.

O Parque da Chapada Diamantina foi criado em 1985, com a finalidade de proteger a Serra do Sincorá, e não só ela, mas toda a riqueza que esse belo lugar tem a oferecer aos seus visitantes.

Ainda há mais. O Oeste da Bahia se destaca pela concentração de fazendas em longas faixas de terra. A riqueza do conhecido Vale do São Francisco, porém, não se concentra só na produção agrícola e mesmo na agropecuária. O destaque também deve ser dado ao potencial turístico que há na região. Prova disso é o próprio Rio São Francisco, que corta algumas cidades do Vale.

No centro do debate nacional, por causa da polêmica transposição, o Rio São Francisco também tem atraído um grande número de visitantes às cidades ribeirinhas. Depois das discussões em torno da transposição, e do destaque que ganhou no noticiário, o Velho Chico passou a ser rota de turismo para aquelas pessoas, sobretudo, que teme que a transposição venha a acabar com o maior e mais importante rio do nordeste brasileiro.

Vista áerea da cidade de Barreiras, no Oeste do Estado.

Importante notar, que na região Oeste do estado da Bahia há uma ligeira diferença de composição demográfica com a grande Salvador, incluindo o recôncavo baiano. Além disso, recentemente, a atenção desigual que a região recebeu do grupo do falecido ACM fez com que algumas lideranças políticas proposse, em projeto que tramita na Câmara Federal, a criação do Estado do Vale do São Francisco.

Polêmicas à parte, a Bahia, ainda oferece outros pontos para que os turistas possam visitar. A zona turística denominada “Lagos do São Francisco” tem como principal atrativo turístico o Lago de Sobradinho, responsável pela geração de energia tanto para outros estados do Brasil como para a Bahia.

Além dele, o principal atrativo desta região estar na cidade de Paulo Afonso. Aqui o aventureiro encontra uma boa pedida para a prática de esportes radicais. Cercado por paredões rochosos, que formam um vale, cuja profundidade estimada é de 30 a 170 metros, o Rio São Francisco, na cidade de Paulo Afonso, é o grande atrativo para aqueles que não dispensam o eco-turismo associado à prática de esportes radicais. Os turistas ainda podem ficar encantados com a beleza do sertão nordestino. Além disso, ainda há um pouco de história para se deliciar. Paulo Afonso foi a cidade que o famoso Lampião escolheu como refúgio. O município também serviu como cenário para o filme “Baile Perfumado”, gravado em 1996, e dirigido por Paulo Caldas e Lírio Ferreira.


Imagem da Ponte Metálica, sobre o Rio São Francisco, em Paulo Afonso.

Não poderia ficar de fora desse relato, o sertão baiano. Famoso Sertão da Bahia. Os problemas ainda persistem na região, desde que Antonio Conselheiro andou por essas bandas, lá pelos idos de 1893. Apesar disso, a região entrou para a História político-militar e social do Brasil, depois do massacre de Canudos, narrada pelo jornalista, escritor e engenheiro Euclides da Cunha, em “Os Sertões”. Clássico de nossa literatura. Certamente por isso, o Sertão da Bahia, ainda que timidamente, entrou para a rota turística do estado. Contudo, carece de um melhor aproveitamento do seu potencial turístico.

Com tanta riqueza natural, cultural e histórica, o estado da Bahia, porém, não tem aproveitado bem o seu potencial para atrair mais turistas. O maior volume de turistas que o estado recebe fica concentrado no carnaval. Pior, em Salvador. O que não contribui para a dinamização econômica do estado nem para a melhor distribuição da riqueza advinda do turismo.

Nesse “capítulo”, falamos de uma maneira genérica sobre os principais pontos turístico do estado da Bahia. Uma geral para familiarizar o leitor que pouco conhece o estado. No próximo “capitulo”, vamos falar da maior riqueza que um estado, uma cidade e um país podem ter; do seu povo. Aguardem!

Um pouco de Minas, um pouco de Bahia



Hoje começo a escrever um pouco sobre a Bahia, dando continuidade ao acordo fechado com Ana.

Minas e Bahia possuem muitas coisas em comum, que foge à regra mais comumente citada; futebol e música. Não somente isso. Bahia e Minas têm muito mais em comum do que parece - guardadas suas respectivas singularidades.

Minas e Bahia têm, ainda, um povo alegre, batalhador. Que perde o emprego, mas, literalmente, não perde a piada. Isto é, o bom humor. São carismáticos, humildes no trato com os seus pares, humanos. Felizes, ao mesmo tempo em que indignados com as injustiças que não fogem à realidade desigual deste imenso Brasil. São solidários e crentes de que tudo pode ser, um dia, melhor.

Para isso, contudo, é preciso fé, esperança. Coisas que não faltam aos mineiros e baianos. Minas com Bahia, Bahia com Minas em todas as suas riquezas naturais, humana, cultural/artística, gastronômica serão retratados aqui, no Exclamações!, e no blog dirigido por Ana, DeVoceSeiQuaseNada.

Falar de Minas foi um dos primeiros textos postados por Ana em seu blog. Antes, outro havia sido publicado por ela, O sotaque das mineiras. Duas pinturas, que merecem ser lidos e admirados. Confira!

Dias de fé, emoção, alegria e reflexão



A cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, celebrou em grande estilo a passagem da Semana Santa. Além das atividades normais desta Semana Cristã, a cidade conta há exatos 12 anos com a encenação da Paixão de Cristo.

Alegria, fé e emoção estiveram presentes no espetáculo teatral, que ocorre em dois pontos da cidade.

Em Lauro de Freitas ela aconteceu em quatro dias; 13, 14, 15 e 16 deste mês de março. Produzida pelo grupo teatral Tavolá, a encenação comemorou 10 anos de apresentação.

Em Itinga, em seu 12º ano, a encenação da Paixão de Cristo é produzida, encenada e dirigida pela Pastoral da Juventude de Itinga. A apresentação aconteceu no feriadão da Semana Santa, 21, 22 e 23, levando alegria, fé e emoção aos espectadores que lotaram a Arena armada no Largo do Caranguejo.

Apesar de contar com duas apresentações teatrais, que reconstitui a história da morte e ressurreição de Cristo, Lauro deFreitas ainda tem o privilégio de ser presenteada com Encenações distintas.

A apresentação do Centro é ecumênica. Congrega atores de outras instituições religisosas, porém, valoriza a apresentação artística. Não tem como foco a religiosidade, a evagelização do público espectador através da Encenação da Paixão de Cristo. Isto não quer dizer que a apresentação feita pelo grupo teatral Tavolá, não valorize também a religiosidade.

Não na mesma intensidade da apresentação feita pelos garotos e garotas da Pastoral da Juventude de Itinga. A Evagelização através da Encenação da saga que conta a história da morte e ressurreição de Cristo é o objetivo principal da apresentação.

Contudo, a apresentação feita pelos jovens de Itinga também pioriza o artístico, apesar de, em verdade, a grande maioria não participar de apresentações teatrais ao longo do ano. São artistas, somente, naquele momento. Passada a Semana Santa, todos retomam a (dura ?) rotina de suas vidas. Professores vão dar aula. Desempregados permanecem no mundo do desemprego ou do subemprego. Outros vão voltar à rotina da loja, como vendedores. E por aí, vamos...

O díficil, para mim, ainda é compreender aquela velha estória de que pobre não gosta de teatro. Díficil mesmo, sobretudo depois de presenciar mais de 4 mil pessoas assistindo ou querendo assitir à apresentação Cristã no feriado da Semana Santa. Mais de 4 mil pessoas com uma renda que, aparentemente, não deve ultrapassar a casa dos 2 salários mínimos e meio. Alegres, emocionadas com a Encenação apresentada por jovens enquadrados na mesma realidade que elas...


Veja fotos.

Um bilhão de pessoas sofre com falta d’água


A falta de água limpa atinge um bilhão de pessoas, aponta relatório da Organização Mundial da Saúde, divulgado em março do ano passado. Este número, segundo alerta a OMS, deverá dobrar, até 2025, quando dois terços da população poderá estar sofrendo com problemas ligados a escassez de água limpa no planeta.

Ainda de acordo com a OMS, atualmente 2,6 bilhões de pessoas vivem em locais sem condições básicas de saneamento. Esse número corresponde à metade da população dos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil.

Todos os anos 1,6 milhões de pessoas morrem por problemas relacionados à falta de acesso água adequada ao consumo humano. As maiores vítimas dessa tragédia, segundo a OMS, são as crianças menores de cinco anos, sobretudo de países pobres. Elas respondem por 90% dos casos.

Contudo, muitas doenças poderiam ser prevenidas com o uso de conhecimentos e tecnologias que existem há décadas. A água contaminada pode causar doenças como febre tifóide, cólera, malaria, dengue e febre hemorrágica, alerta a Organização Mundial de Saúde.

As mudanças climáticas, ainda de acordo com a OMS, podem piorar ainda mais a situação, ao aumentar os períodos de seca, alterar os padrões de chuvas e derreter ainda mais as geleiras do hemisfério sul.

Água contaminada mata 200 crianças por hora


Água contaminada mata 200 crianças por hora, denuncia a ONU. Doenças provocadas por falta de água propícia ao consumo humano, como a diarréia, matam mais do que a malária e a AIDS juntas, sinaliza o relatório divulgado em 2006, pelo Programa das Nações Unidas. No Brasil, contudo, a situação é amena. 90% da população têm acesso à água potável. Na coleta de esgoto, somente 75% dos resíduos são coletados e tratados no Brasil.

O estudo, Além da Escassez; Poder, Pobreza e a Crise Mundial do Fornecimento de Água, aponta que vários casos de doenças e mortes poderiam ser evitadas caso houvesse o fornecimento adequado de água e saneamento. Ainda de acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas, anualmente 1,8 milhões de crianças morrem vitimas de diarréia, e 443 milhões faltam à aula por doenças causadas pelo consumo de água não tratada para o consumo humano.

A pesquisa do PNUD, afirma ainda que o Brasil tem um bom índice de acesso a água potável. Isso coloca o Brasil próximo dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano, a exemplo da Coréia do Sul (92%) e Cuba (91%).

Estamos de volta


Estamos de volta. O último texto aqui publicado foi na sexta-feira. Sábado e domingo, geralmente, não publicamos textos. Muito mais porque, nesses dias, os nossos caros leitores estão a descansar junto com a família.

Porém, nesta segunda e terça-feiras não publicamos nenhum texto também. Muito mais por falta de tempo para pensar sobre o que escrever nesses dias. Como estava resolvendo algumas coisas, me faltou o tempo necessário para escrever sobre algo que seja interessante para você, nossos amados leitores.

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Em tempo


Continua de pé a proposta encarada por mim e por Ana de falarmos, cada, de nossos estados, respectivamente, Bahia e Minas Gerais. Não só deles, mas também da impressão/leitura que temos/fazemos do estado de cada um, nesse caso, eu de Minas, e Ana da Bahia. Os textos serão publicados tanto aqui no Exclamações! como no blog de Ana. Aguardem!

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Alegria, Alegria


Mais um feriadão se aproxima. Desta vez o da Semana Santa. Três dias de descanso para boa parte dos trabalhadores. Merecido descanso. Quando se aproxima à sexta-feira, o sorriso fica logo estampado no rosto. Brincadeiras e piadas correm soltas. As pessoas ficam menos tensa, e mais alegre, com a pequena demanda de trabalho a fazer. Imagine, então, quando se aproxima um feriadão, como esse...?

No entanto, logo segunda-feira bate à porta, apresentando mais uma semana, e volta tudo ao normal. O corre-corre, o estresse, a oferta de tempo pequena, e a demanda de trabalho cada vez maior. Mas, quando chegar à sexta-feira, ah, de novo a alegria, o sorriso, as piadas, correrão soltas...Bem que isso poderia acontecer de segunda à segunda, não acha?

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“Ladrão também gera emprego”


Ladrão gera emprego e contribui, portanto, com a economia do país. É um trabalhador como outro qualquer. Isso mesmo! Essa foi à conclusão que chegou o Jorneval.

O Youtube é uma pérola, onde se pode encontrar os mais diferentes vídeos. Dos mais engraçados aos mais menos interessantes. Não costumo procurar vídeos no Youtube, mas um foi-me apresentado na tarde de sábado.

Um ladrão é entrevistado após ser preso sob a acusação de roubo. Introduz o repórter; “O camarada tentou se adiantar em R$14, e acabou se lascando”.

“O ladrão muito doido”, como é conhecido pela internet o Jorneval, explicou o que aconteceu; “O negócio é um seguinte, né vei, estou na correria aí, fui lá (na padaria) pra me adiantar”. “E você ficou lá, que nem uma mosca ali arrodiando?”, pergunta o repórter a Jorneval. - Não, já cheguei botei pra cima, logo já ganhei a fita e sai fora, né vei.

Bem, prefiro não fazer juízo de valor. Mas vale a pena conferir o vídeo. Seja para rir um pouco, porque Jorneval não deixa de ser um tanto que engraçado, seja para fazer uma análise mais critica.
Assista ao vídeo. Clique aqui.

E o tempo não pára


Essa semana tem sido um tanto que corrida para mim. A demanda é grande, e a oferta de tempo pequena.

O dia deveria ter mais de 24 horas, ouvi certa vez. Não precisa tanto também. O problema, muitas vezes, não é o tempo que dispomos por dia, mas sim o volume de coisas a serem feitas nele, que não param de crescer.

É a dinâmica da vida, que a torna, paradoxalmente, mais interessante...


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Eita vida!


A Semana Santa vem se aproximando, e com ela aumenta a demanda por peixes e mariscos. Como de praxe, os preços vão lá pra cima, e o pobre do cidadão cada vez mais lá pra baixo. É o resultado da “lei” mais elementar de economia, a da oferta e da procura. Passada a Semana Santa as coisas, isto é, os preços voltam a se normalizar.

Para não ser injusto com os pescadores, que à medida que se divertem fazendo o que gosta, também sofrem, porque ralam pra caramba até consegui pegar um peixe no mar, eles são os que menos ganham com o comércio de peixes. Quem mais se dar bem nessa estória/história são os atravessadores.

Nessa época do ano, eles ganham “rios” de dinheiro. Mas, ressalte-se, o insuficiente para enriquecer.

O certo, porém, é que eles praticamente triplicam o valor da mercadoria, quando vendida ao comerciante. Esse, repassa a “bomba” ao consumidor final; eu e você.

No final, quem menos ganha, em termos financeiros, é o pobre do pescador.

Ou você pensava que era eu e você?

Eita vida!

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Vale à pena conferir!


Falando nisso, a cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, já começou seus preparativos para a Semana Santa. Além da procissão de Ramos, que atrai uma multidão pelas ruas da cidade no domingo que antecede o feriado da Semana Santa, há a Paixão de Cristo, evento já consolidado na cidade.

A representação teatral ocorre em dois pontos da cidade. Na Praça da Matriz, no centro, e no bairro de Itinga, no Largo do Caranguejo. A encenação, que reconstitui a morte e a ressurreição de Cristo, tanto em Itinga como no centro de Lauro atrai milhares de pessoas do estado da Bahia.

A apresentação do centro comemora dez anos, e é dirigida por Duzinho Nery. A de Itinga é dirigida pela Pastoral da Juventude, e esse ano comemora 12 anos de representação ao ar livre. A apresentação da Paixão de Cristo de Lauro de Freitas começou nesta quinta-feira (13/03), e termina no domingo (16/03). Enquanto a da Itinga começa na sexta-feira Santa (21/03) e termina no domingo de Páscoa (23/03).

A primeira apresentação, a de Lauro, foge ao convencional. A representação tradicional. Ela mescla aspectos culturais contemporâneos, como o samba reggae baiano e o hip hop à brasileira, e incorpora no seu enredo problemas sociais da atualidade, como o uso de drogas e o aumento da criminalidade entre os jovens.

Enquanto a de Itinga segue o tom tradicional da encenação. Foca o lado religioso, sem perder de vista questões atuais de nossa sociedade. Porém, essas questões somente são pontuadas após a missa, que é celebrada pelo Padre Miguel.

Tanto uma como a outra Apresentação da Paixão de Cristo, contudo, são dignas de aplausos e da presença do público. O que confirma o sucesso de crítica e de público que os dois eventos ganha a cada ano. Vale à pena conferir!

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Minas e Bahia


Um desafio foi colocado para mim essa semana. Aliás, não só para mim. Compartilhei-o com Ana Fontes.

A proposta, aceita por mim e por Ana, é que façamos um texto, cada, falando de nossos estados, o meu, a Bahia, e o dela, Minas Gerais. Vamos abordar, em nossos blogs, questões peculiares a nossos estados.

Aliás, não só isso. Minas e Bahia têm muita coisa em comum, que ultrapassa a fronteira da música e do futebol, para citar dois exemplos clássicos. O leitor do Exclamações! poderá acompanhar os textos aqui, e lá, no blog de Ana, Devoceseiquasenada.

Ana, contudo, pede paciência. Ela quer escrever a respeito quando estiver inspirada. O que me confessou já estar.

Prometo a partir da próxima semana começar a escrever, falando da Bahia, para os mineiros, e das impressões que tenho de Minas. Aguardem!

E fique atento...!

Para ter acesso ao blog de Ana, clique aqui.

Estórias para contar


Além de Beth, uma Austríaca que se diz apaixonada pelo Brasil, outros estrangeiros, que vem passar férias em nosso país, também se apaixonam por ele. Coisa rara é um dizer o contrário. Gostam do nosso clima, da nossa gastronomia. São apaixonados pelas nossas belezas e riquezas naturais. Adoram as nossas frutas tropicais. Ficam impressionados com a nossa riqueza (e diversidade) cultural. Gostam, sobretudo, de nossa gente.

Em fevereiro, durante o carnaval, conheci um peruano que também se apaixonou pelo Brasil. Muito gente boa, além de muito engraçado, ele veio pela primeira vez ao nosso país. Cunhado de uma amiga, foi passar o carnaval com ela e seu irmão na Costa do Dendê, litoral sul da Bahia.

Quando chegou a baía de Camamu, logo após ser apresentado à turma, perguntou;
¿dónde és el motel? O que muitos poderiam encarar de maneira “revoltante”, levamos, ao contrário, na brincadeira. Um amigo, Diogo, foi quem respondeu às gargalhadas; “aqui não existe ‘motel’, e sim ‘matel’”, referindo-se ao mato, que predomina no lugar, e, normalmente, onde os pombinhos namoram.

Todos riram, por sinal.

Como não fala português, somente espanhol, Carlos foi motivo de muitas brincadeiras. Sacanas, é verdade. “Namorador”, ele queria voltar para o Peru com muitas estórias para contar. Por isso, quis logo sair com a turma para que fosse “apresentado às meninas”. “Deixa comigo”, satirizou Diogo.

Nos bares da ilha - ele atrás de “meninas”, e nós de diversão - conversamos um pouco sobre as suas impressões quanto ao Brasil, maior e mais importante país da América do Sul.

Ficou impressionado com as nossas riquezas e nosso clima tropical, ele adiantou.

Antes mesmo de ser indagado a respeito, logo começou a falar da mulher brasileira. Ou melhor, das mulheres brasileiras. Sobre elas, garantiu que são as melhores. Por que, perguntamos a ele. Segundo sua observação, porque são mais “esquisitas”. Calma, ele quis dizer, na verdade, que as brasileiras são mais gostosas do que as peruanas – em espanhol gostosa significa “esquisita”.

As peruanas, ainda de acordo com ele, além de serem mais conservadoras, não são “esquisitas”. Faltam-lhe qualidades físicas para tal, explica-se em bom português o que ele quer dizer sobre suas conterrâneas.

Sobre a economia do Brasil, considerou-a “muy bien”, sobretudo quando comparada com a do seu país.

Não reclamou da nossa bebida, especificamente a cerveja, mas disse que a do seu país é bem mais forte do que a nossa. Assim, sem querer explicou por que tanto bebia e só ele não ficava bêbado.

Pretende morar no Brasil, confessou para a turma na praça, em meio as nossas palhaçadas. Após concluir a faculdade de medicina, completou ele, que pretende se especializar em Oncologia.

Namorador — “Namorador”, ele foi, mas só na lábia. Precisou de uns empurrãozinhos para poder “andar”. Para a alegria de Izabel, sua paquera na ilha, que já não agüentava mais tanta conversa.

O problema maior, para a turma, era saber se ela estava entendo alguma coisa do que ele dizia. E vise-versa.

Para emplacar o romance, que até então só se resumia a muita conversar e caminhadas em torno da praça, regadas a cerveja brasileira, coube a Luiz Henrique.

Com menos de 10 anos, o papel central/principal daquela que já se transformava em uma novela coube a ele; ser o cupido.

E ele fez jus ao papel que lhe foi incumbido. Como “o Deus do Amor” não fez veio, e mostrou ao seu tio “namorador” o caminho às deusas tropicais. Isto é, “a deusa” tropical; Izabel.

Para a felicidade de Carlos, que enfim conseguiu sair do “atoleiro”, e alegria da turma, que enfim viu o “romance” engatinhar. O romance, contudo, que só durou dois dias, para a tristeza dos “deuses do amor” e dos pombinhos...

Sem esconder a alegria de ir participar do carnaval de Salvador, mas também sem conseguir disfarçar à sua vontade de querer permanecer um pouco mais na ilha, lá se foi Carlos...atrás de mais estórias para contar aos seus conterrâneos quando no Peru chegar...

Experiência exigida por empregadores não poderá ultrapassar seis meses

Da Agência Brasil


Brasília - O período de experiência exigido para contratos de trabalho não poderá ultrapassar o período de seis meses.

A lei que acrescenta novo artigo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi publicada hoje (11) no Diário Oficial da União (DOU) e entra em vigor imediatamente.

“Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação superior a seis meses no mesmo tipo de atividade”, prevê o texto sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.


Fonte; Agência Brasil.

Sebastião Salgado; “Eu Confio no Lula”



Sebastião Ribeiro Salgado é o mais renomado fotografo brasileiro. Seu trabalho é reconhecido mundialmente, sobretudo por sua sensibilidade no fotografar.

A leitura que Sebastião faz, por meio das lentes, do cotidiano das pessoas, por onde passa, comove. É real. Sensível. Nunca, talvez, um recorte da realidade tenha sido tão verdadeiro, belo e, paradoxalmente, trágico, como as fotografias captadas pelas lentes de Sebastião Salgado.

Brasileiro, nascido na Micro região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, logo cedo Sebastião Salgado teve que sair do Brasil. O período era de efervescência política, onde os militares reprimiam e perseguiam militantes de esquerda. Logo, foi exilado. Embarcou para a França, acompanhado da mulher, onde até hoje mantém residência.

Formado em economia pela USP, Sebastião trocou a economia pela arte do fotografar. Em 1973, começou a fotografar com a máquina emprestada de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, durante uma viagem à África. Dali, já sabia o que queria. Fotografar. Registrar o cotidiano, a vida das pessoas mais pobres. E foram vários trabalhos. Todos reconhecidos pela critica. Entre eles Outras Américas. Fome no Sahel. Trabalhadores.

Sebastião Salgado foi entrevistado pelo jornalista Fernando Eichenberg, em Paris. A entrevista, que vale a pena ser lida, foi publicada nesta segunda-feira (10/03) no Terra Magazine.

Confira na íntegra a entrevista. Clique aqui.

Novo visual


O Exclamações! mudou de visual. Agora mais leve, ele visa facilitar a leitura do internauta que acessa o nosso blog.

Além disso, agregamos ao Exclamações! mais duas ferramentas, que terão como finalidade registrar a quantidade de acessos diários ao blog. Mais; dizer-nos de onde veio e como chegou ao nosso blog o internauta.

Clicando no link que fica abaixo do título Já passaram pelo exclamações!”, localizado no canto superior direito da tela, o internauta poderá ter acesso aos dados de maneira detalhada.

A mudança no Layout ocorreu depois de realizadas algumas consultas às pessoas que acessam o Exclamações!. Antes, ouvi algumas “queixas” quanto ao layout anterior. Diziam alguns dos leitores do nosso blog, que ele dificultava a leitura, que tornava o blog pesado.

Particularmente, sempre gostei do layout anterior. Avaliava que ele tinha mais a ver com o blog, que havia caído como uma luva nele. Apesar, contudo, de também achar que a leitura se tornava cansativa com o fundo preto à tela.

Além das mudanças acima comentadas, outros componentes foram integrados ao Exclamações!. No canto superior direto da tela, há um campo de busca. O leitor do blog poderá pesquisar os textos que já foram publicados no Exclamações!. Para isso, basta digitar o título do texto publicado para que a busca tenha êxito.

O Exclamações! apresenta agora o feed, que tem como finalidade está informando ao internauta cadastrado quando da atualização do Exclamações! Seria algo próximo a um newsletter. Talvez - me arriscaria em dizer - até melhor.

Na internet, o Wikipédia assim define o termo Feed; “Na prática, Feeds são usados para que um usuário de internet possa acompanhar os novos artigos publicados e demais conteúdos de um site ou blog sem que precise visitar o site em si. Sempre que um novo conteúdo for publicado em determinado site, o ‘assinante’ do feed poderá ler imediatamente”. Melhor definiu a enciclopédia virtual para o leitor que quiser ter acesso instantâneo quando algum conteúdo for publicado no Exclamações!

Clique aqui e veja como é melhor a leitura dos textos do blog pelo feed.

Um problema no novo layout do blog até hoje, entretanto, me intriga. A configuração, como bem observou Ana Fontes, “ta meio maluca”. Até hoje não consegui compreender por que o dia da semana, que aparece escrito no canto superior esquerdo do blog, fica por cima do título do texto publicado. Ou seja, encobre o título do texto, impedindo, assim, a leitura do mesmo.

Tanto eu, como Yuri Almeida, não conseguimos entender por que isso acontece até agora. Aliás, foi Yuri quem me ajudou nessa nova configuração, quando estive em sua casa na sexta-feira para reunião de “negócios”.

Espero, contudo, que esse pequeno problema não perdure por muito tempo. Afinal, trabalhamos para tornar as coisas mais fáceis ao leitor de Exclamações!

Por sinal, em enquête realizada em nosso blog recentemente, os internautas solicitaram que os textos publicados no Exclamações! fossem mais objetivos, isto é, diretos. Isto porque, segundo eles, estou escrevendo demais, além da conta, e, como se sabe, não há muito tempo para que todos possam, em seu dia-a-dia, ler textos muitos longos...

Prometo ser mais objetivo, portanto, em meus textos daqui por diante.

Aliás, quero registrar que, em princípio, fui resistente à idéia de mudar o layout do Exclamações!. Gostava do layout anterior - confesso. Mas se é para o bem do blog e, em conseqüência, de todos os leitores que o acessam diariamente, que seja bem vinda às mudanças.

E que os internautas continuem contribuindo com o processo de aperfeiçoamento do Exclamações!

Conto com vocês!

Um forte abraço,
Daniel Ferreira.

"Tocando em Frente" mulheres



“Tocando em frente” é uma linda letra musical de Emir Sader e Renato Teixeira.

Há muito tempo que não a escutava.

Acessando o blog da Ana acabei por ver transcrita a letra da música.

Não estando satisfeito por completo, visitei o Youtube. Lá encontrei a música, cantada por Maria Bethânia.

No vídeo não aparece a minha conterrânea de voz doce. Nele, apenas uma estrada do Estado de Goiás, mas tendo ao fundo a suave voz de Bethãnia.

Uma idéia muito inteligente de quem postou o vídeo integrado à música.

Vale o acesso.

Dedica-se a música, aliás, em especial, ao público feminino que acessa o Exclamações!.

Neste sábado (08/03) se comemora o dia Internacional das Mulheres.

Uma homenagem singela às mulheres, cuja contribuição para a formação do homem é inestimável. Indescritível, eu diria.

Muito devemos a elas. Tamanha a sua importância em nossas vidas.

Portanto, parabéns a todas às mulheres!

Para ter acesso integral a letra da música clique aqui.

Tentei postar o vídeo aqui no blog, mas o mesmo, em várias tentativas, recusou à postagem.

De todo modo, para ter acesso ao vídeo é só clicar aqui.

Ações para o Bem

Ontem (05/03) Carta Maior realizou mais um debate sobre Aquecimento Global, transmitido ao vivo pela internet.

As discussões ficaram centradas em alternativas que busquem reduzir as emissões de gás carbono à atmosfera, um dos principais fatores causador do aquecimento do clima.

O Brasil configura entre os maiores poluidores do mundo. Sua cota fica concentrada na derrubada e queimada das florestas, sobretudo a Amazônica.

Nas cidades, isto é, nos grandes centros urbanos, o que mais contribui para a poluição da atmosfera são os automóveis. Eles estão cada vez mais freqüentes nas estreitas ruas e avenidas de dezenas de médias e grandes cidades brasileiras.

Especialistas debateram também sobre a necessidade de um sistema de transporte público de massa mais eficiente. Isso poderia contribuir para com a redução dos carros nas avenidas das grandes cidades, com os grandes congestionamentos encontrados diuturnamente nelas, assim como com a poluição do ar das mesmas.

Além disso, eles trataram do desenvolvimento de alternativas energéticas, o que já existe no Brasil, mas que precisa ser ampliado e estendido à massa da população.

Na oportunidade, questionou-se o modelo atual de desenvolvimento urbano. O Exclamações!, por sinal, ainda que de maneira superficial, já vem tratando desse tema.

A importância das universidades públicas e privadas começarem a desenvolver projetos, no sentido prático, para a sociedade, e em especial para as comunidades mais carentes de serviços públicos, se faz essencial para o desenvolvimento sustentável que agora se propõe.

O que falta? Vontade política, e mesmo acadêmica, dos reitores aos professores. Essa é a realidade.

Além disso, observou-se que o Brasil possui uma baixa densidade demográfica ante seu imenso território.

O que há, na verdade, apontam ainda os debatedores, é uma intensa concentração populacional nas regiões urbanas - metropolitanas, principalmente. E uma imensidão de terras vazias em outras – além de cidades interioranas cada vez mais perdendo seus habitantes para os grandes centros urbanos.

Uma política, portanto, de desenvolvimento sustentável depende também de ações integradas no que diz respeito ao desenvolvimento econômico/urbano, social e ambiental das e entre as cidades, estados e a União.

Políticas que as integre, sobretudo, de maneira econômica, ao invés de distanciarem-nas, através, por exemplo, da guerra fiscal. Permitindo, por fim, o seu desenvolvimento.

Falando nisso...

A falta de uma política consistente de desenvolvimento urbano sustentável faz com que as cidades enfrentem atualmente vários problemas. Dentre eles se destacam os problemas de ordem econômica, social e ambiental.

O crescimento urbano desordenado é o principal responsável pelo inchaço demográfico nas grandes e médias cidades. Com ele é que se dá a ocupação desordenada do solo. Isso ajuda para com os deslizamentos de terras, promovidos, principalmente, nos períodos de chuvas. Isto porque, na maioria das vezes, as encostas e morros acabam por ser ocupados, de maneira irregular, por famílias de baixa renda.

Em busca de melhores condições de vida, e de maiores oportunidades no mercado de trabalho, essas famílias migram para os grandes centros urbanos. Sem condições de pagar aluguel, passam a ocupar morros e encostas, onde costumam construir as suas casas.

Como o poder público se faz ausente, de várias maneiras, as tragédias continuam a acontecer, pondo em risco a vida dessas famílias, principalmente quando dos deslizamentos de terras no período de chuvas.

Sem estrutura, e desempregadas, elas migram também para a economia informal. Os mais jovens, facilmente, passam a ser cooptados pelo mundo do crime. Aqui, mais uma bomba passa a estar armada.

Enquanto isso, no âmbito acadêmico, defende-se a tese de que o aquecimento global poderá contribuir ainda mais com o processo migratório. É uma hipótese que alguns defendem e outros não.

A busca de alternativas que venham a minimizar os impactos das ações humanas sobre o meio ambiente, é que se faz salutar. E urgente.

O desenvolvimento urbano sustentável é uma das alternativas. A conscientização da população, através da educação ambiental, outra.

Além do desenvolvimento urbano sustentável, a reutilização da água, o aproveitamento da energia solar e da circulação de ventos, por exemplo, contribuirão de maneira significativa na redução dos impactos à natureza.

A reciclagem de produtos descartáveis, como em muitos casos já vem acontecendo, também se faz importante. Além de minimizar os impactos ambientais, gera emprego e renda às famílias de baixa renda. Contribui, também, com o desenvolvimento humano.

Essas e muitas outras ações são importantes ao desenvolvimento sustentável, sobretudo quando saem do campo das idéias e passam a integrar o conjunto das ações práticas dos poderes públicos, das universidades e dos cidadãos.

Utilizar os recursos naturais que dispomos no presente, mas sem exauri-los para as próximas gerações, que precisarão desses mesmos recursos para a sua sobrevivência num futuro próximo, depende muito do que fazemos hoje e do que propomos para o amanhã.

Tudo passa, contudo, por ações de cada cidadão no seu dia-a-dia. E, sobretudo, dos estímulos por parte dos poderes públicos constituídos.

O controle e o ordenamento do uso do solo também são importantes para um desenvolvimento sustentável. A ocupação irregular do solo, como pontuado anteriormente, põe em risco à vida de muitas famílias que, infelizmente, de maneira inocente e irregular, passaram a ocupá-lo.

Portanto, além do controle quanto ao uso e ordenamento do solo, cabe também às autoridades competentes estarem implementando de maneira mais eficaz políticas públicas de habitação para as famílias de baixa renda, que não dispõe de um teto para morar; políticas públicas de geração de emprego e renda, que contribuam também com o desenvolvimento humano e, em conseqüência, econômico das cidades onde elas moram.

A Terra Prometida

Muitas vezes vi algumas pessoas criticando o Brasil, como se tivesse vergonha de aqui morar. Assim, diziam elas, “vou embora daqui”, “não agüento mais esse país”, “que lugar atrasado, tenho que sair daqui”, e coisas do tipo.

A revolta dessas pessoas, e certamente de outras mais, deve estar relacionada a problemas políticos, econômicos e sociais. Na ordem; corrupção, pobreza, violência. Que, como sabemos, já fazem parte de nossa vida cotidiana.

E já estamos até acostumados com tudo isso – por incrível que pareça. Tanto assim que, ao invés de encararmos os fatos de frente, não, damos às costas para eles, como se, de repente, não existissem. Aí, qual o mecanismo de defesa que utilizamos? O de criticar o país onde moramos.

Mais; dizer que daqui vamos embora. Não voltaremos mais. Etc.

Uma viagem, de vez em quando, para o exterior, é muito bom, sobretudo do ponto de vista cultural. E ninguém questiona isso, que fique claro. É certo dizer também que muitos países lá fora acabam por oferecer maiores oportunidades do que o Brasil, que ainda continua a ser a tão sonhada “terra prometida”.

Talvez estejam aqui os dois principais fundamentos, e argumentos, para que alguns brasileiros continuem a cuspi no “prato” que um dia “comeram”.

Muitos, contudo, quando passam a morar fora, sentem saudades do Brasil. De tudo de bom que nós temos, que superam, aliás, e muito, às coisas desagradáveis que insistem em nos acompanhar. Sentem falta das frutas e da culinária brasileira. Do calor humano brasileiro. Do sol tropical. Das nossas riquezas e belezas naturais.

A maioria, certamente, quer retornar. Alguns, depois de anos de labuta, voltarão à terra tupiniquim. Outros, talvez não queiram nem voltar, ou até querem, mas tem medo de voltar e não manter o padrão de vida conquistado lá fora. (Àqueles que conquistaram, né?!).

Quando há uma dessas festas no exterior promovida para brasileiros, a exemplo daquela que acontece anualmente em Nova Iorque, sente-se, ainda que pela televisão, o quanto eles morrem de saudades daqui. Muitas saudades.

Certamente queriam voltar. Até acho que deveriam retornar ao Brasil e se unir aos demais que continuam a lutar por um país mais justo, igualitário nas oportunidades para os teus filhos e muito mais harmônico. Porque somente com o trabalho, a união, a justiça e a educação poderemos ajudar o Brasil a se tornar “a terra prometida” dos nossos sonhos.

A matemática da política

A equação da matemática política é simples; a "direita" defende os seus interesses, dos mega-empresários e mega-empresas, que financiam as suas campanhas. Muitos do que compõem isso que chamamos de “direita” são grandes empresários, donos de extensas áreas de terras. Alguns não perdem tempo no blá-blá-blá da política, e preferem mesmo é pagar àqueles que queiram lhes defender. Isto é, defender os seus interesses. Exemplo típico; a bancada ruralista.

A "esquerda", quando na oposição, “defende” os interesses, ao que se imagina, da população, da maioria pobre, em busca da “revolução socialista”. Isto, em tese a princípio, ao contrário do que se pensa, também beneficiaria a classe média.

Mas, quando a "esquerda" estar no poder, se rende as benesses do mesmo. E passa, ainda que de maneira superficial, ou implícita, a beber da mesma fonte da "direita". Depende, agora, dos grandes e megas-empresários e empresas para financiar as suas campanhas.

Também pensam em perpetuar no poder. Por isso, faz um pacto de lealdade/fidelidade; no discurso, a "simbologia esquerdista", o combate aos grandes empresários, ao capitalismo. Nas ações, o conservadorismo do pessoal do centro à direita.

Tenta-se, a priori, equilibrar os interesses. Isto é, estende-se à mão aos dois lados, tendendo-se mais para o que dispõe de maior força, evidente.

No meio de tudo isso, a sociedade. Nela, em especial, a classe média, cada vez mais achatada, e a massa pobre da população, que corresponde à maioria desta nação.

Até hoje, tanto uma como outra, iludidas, não viram àqueles que ganharam as eleições e ganham $ (muito bem, por sinal) para defender os seus interesses, os interesses da sociedade como um todo, advogar a seu favor. Do bem comum.

Enquanto isso.... A gente vai levando....

... porrada, porrada...

Mas, "até quando você vai ficar sem fazer nada..."??

Que a paz esteja com todos

Advogado formado pela Universidade de Antioquia. Especializado em Administração e Gerência pela Universidade Harvard. Graças à Bolsa Simón Bolívar do Conselho Britânico, entre 1998 e 1999, estudante da Universidade Oxford, na Inglaterra.

Álvaro Uribe Vélez nasceu em Medellín, em 4 de julho de 1952. Ingressou na vida política, relativamente, cedo. Em 1976 foi chefe de Bens das Empresas Públicas de Medellín. Entre 1977 e 1978 passou á secretário-geral do Ministério do Trabalho. Em seguida já era diretor da Aeronáutica Civil, 1980 e 1982. Prefeito de Medellín, em 1982, e, entre 1984 e 1986, vereador da mesma cidade. Entre 1986-1990 e 1990-1994, senador da República Colombiana. Logo em seguida, já era eleito governador do Departamento de Antioquia - 1995-1997.

Em 2001 alcança o posto máximo de sua nação ao ser eleito presidente da Colômbia para o período 2002-2006. Tornou-se o primeiro presidente a ganhar as eleições em seu país no primeiro turno desde que se instalou a medida na Constituição de 1991. Com 53% dos votos, Uribe deixou para trás seu principal concorrente, Horácio Serpa. Em 2006, com a popularidade alta, consegue obter Corte Constitucional favorável à alteração na Constituição, o que lhe permitiu disputar a reeleição em 2006.

Ao longo dos anos, pesquisas de opinião vêm apontando para alto nível de aprovação do seu governo. Algo acima de 70%. Esses índices dar-se, sobretudo, pela sua política de combate às guerrilhas – entre elas a Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o Exercito de Libertação Nacional da Colômbia e a Autodefesas Unidas da Colômbia. Essa política de combate busca restituir a ordem e a convivência pacífica num país imerso num conflito interno há anos – de busca ao poder, explica-se, envolvendo a extrema direita e a esquerda.

Na Colômbia, seus opositores sempre o acusaram de ter ligações muito próximas com grupos paramilitares de extrema direita. Além disso, um dos pilares de sua política concentra-se em segui á risca o que propôs o conhecido Consenso de Washington. Um conjunto de medidas formulado em novembro de 1989, por economistas ligados a Instituições como o FMI, que propõe a redução dos gastos e da presença do estado, sobretudo para os países em desenvolvimento, como é o caso da Colômbia.

Influência americana - Uribe é o presidente, na América Latina, mais próximo de Bush. Porém, é o mais distante ideologicamente, no nosso continente, no momento, dos demais governos que estão à frente dos países vizinhos. Estar mais à direita do que à esquerda - esta que compõe maioria à frente dos governos, atualmente, dos países da América do Sul.

Os rituais palacianos, muitas vezes, do governo Colombiano, são similares aos dos EUA. Os pronunciamentos, por exemplo, estão mais próximo disto que se escreve.
A maneira como se postam os militares, o próprio presidente e os símbolos escolhidos para os pronunciamentos oficiais, caracterizam, melhor, a aproximação ideológica entre os governos Colombiano e dos EUA.

Isso ficou evidente depois do ocorrido na madrugada deste sábado (01/03), quando 19 guerrilheiros das Farcs foram assinados em território Equatoriano. Entre eles, o principal porta voz da guerrilha, Raúl Reyes – seu nome verdadeiro, na verdade, é Luis Edgar Devia.

O governo de Uribe acaba de promover não só uma chacina político-militar, e violação aos direitos internacionais, quando da “transgressão dos princípios de soberania e integridade territorial”, ao invadir o território Equatoriano, mas uma crise diplomática sem precedentes na historia recente da América do Sul.

O assassinato do principal porta voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Raúl Reyes, em território Equatoriano, criou não só uma crise diplomática envolvendo a Colômbia, Venezuela e Equador, mas também a impossibilidade de negociação e libertação dos mais de 40 reféns que a guerrilha mantém, e vinha negociando a sua libertação com a intermediação de Hugo Chávez, presidente Venezuelano. Seis importantes reféns já foram libertados, desde o início deste ano. A guerrilha pretendia trocar outros prisioneiros por guerrilheiros presos com o governo colombiano.

A Farc luta há mais de trinta anos para chegar ao poder e implementar o que chama de socialismo na Colômbia. Além dela, outras guerrilhas também lutam contra o poder, mas pelo poder.

Há acusações, ainda, de que o ataque do exército Colombiano em território do Equador tenha sido patrocinado pelos EUA, com o fornecimento de armas, informações e tecnologias que facilitassem a chegar aos guerrilheiros e a realização da operação com sucesso.

Essa disputa interna pode causar problemas imprevisíveis às nações envolvidas diretamente (Colômbia, Venezuela e Equador), e mesmo àquelas envolvidas indiretamente – nas negociações para que a crise seja resolvida no campo diplomático e não no militar.

Deseja-se, contudo, que a paz esteja com todos.

Capital do desemprego

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), divulgado recentemente, apontou para a redução do desemprego na capital baiana, Salvador. A Pesquisa Emprego e Desemprego revela que a taxa de desemprego total na capital da Bahia passou de 20,3% para os atuais 19,8%. Esses percentuais, em números reais, correspondem a 369 mil desempregados, em janeiro, seis mil a menos do que o mês anterior ao da pesquisa, dezembro.

Ainda de acordo com o estudo, em 10 anos, esse foi o melhor resultado alcançado pela capital baiana. O prefeito da cidade, João Henrique (PMDB), ficou feliz e comemorou com os seus partidários o resultado da pesquisa. Segundo ele, essa redução dar-se graças ao trabalho que a gestão dele vem fazendo na capital.

Mesmo com essa redução, Salvador não largou o título de capital nacional do desemprego.

Os setores que mais empregaram, no mês da pesquisa (janeiro), foram, respectivamente; “Outros setores”, que envolve Serviços Domésticos, Construção Civil e outras atividades (4,4%), com 10 mil novas ocupações. Indústria (2,2%), com 3 mil novos postos. Serviços (0,6%), com 5 mil postos adicionais de trabalho e o Comércio (0,4%), com a criação de mil vagas.

O setor que mais criou vagas, nesse período, foi o da Construção Civil. Apesar do DIEESE, na pesquisa, não apontar um número específico, já que engloba o da Construção Civil junto com outras atividades, como Serviços Domésticos. O fator determinante para o crescimento da oferta de trabalho para operários do setor é o Boom por que Salvador passa na área da Construção Civil.

Além de o setor imobiliário faturar às turras, com a construção de shoppings, condomínios empresariais e residenciais, o investimento público, ainda que tímido, em infra-estrutura, construções de escolas, postos médicos, etc, contribuíram com o desempenho do setor na pesquisa.

Avaliação - Em contrapartida, o alto índice de desemprego registrado na Capital talvez explique o crescente avanço da violência. Os dados são assustadores a cada novo final de semana. Assassinatos, assaltos. Eles estão cada vez mais freqüentes nas páginas dos matutinos.

Na última semana de fevereiro, por exemplo, em 24 horas foram registrados seis homicídios. Eles ocorreram entre as sete horas da manhã desta quinta-feira (28/02) e às sete da manhã seguinte, sexta-feira (29/02).

Certamente, esses não são números dignos de comemoração.

Ao contrário da comemoração, deveria, justamente, ocorrer à reflexão por parte do prefeito – ainda que segurança pública seja de responsabilidade do Estado.

Alternativas - Além disso, devem-se buscar alternativas á criação de novos postos de trabalho. E também evitar que ocorra a migração de cidadãos das cidades do interior para a capital. O que poderia agravar ainda mais a situação do desemprego.

Na verdade, a prefeitura deveria buscar estreitar a parceira com o governo do estado, assim como com o governo federal no sentido de incentivar a migração daquelas pessoas desempregadas para as cidades do interior, onde, em algumas situações, há maiores possibilidades de empregabilidade.

O desemprego continuará a ser uma chaga à gestão de qualquer governante. Infelizmente. Porém, a implementação de políticas públicas deverá ocorrer, cada vez mais, de maneira integrada, na busca de um desenvolvimento satisfatório á necessidade de cada cidade. Integração esta que deverá envolver cidades que compõem uma micro-região, além do estado e da união. Esse é o futuro para o desenvolvimento.

Além disso, a necessidade de reformas políticas e na estrutura do estado brasileiro já se faz evidente. Reforma tributária/econômica, agrária, política, previdenciária, dentre outras, contribuirão para um melhor desenvolvimento do nosso país, inserindo-o, de maneira mais competitiva, no cenário mundial. Caso contrário, perderemos em competitividade para muitos países, e geraremos, ainda mais, desemprego à nossa população.

Isso, contudo, precisa ser feito de maneira personalizada, isto é, adequada ás necessidades de nosso país, e não copiando ou seguindo modelos pré-estabelecidos por instituições que, na maioria das vezes, representa os interesses de quem lhes financia; os países de economia mais desenvolvida e precursores da globalização.

Fica aberto o espaço para o aprofundamento ou não das discussões.

Para ter acesso ao estudo do DIEESE- Salvador, clique aqui.

Para acessar o site do DIEESE, clique aqui.

Uma austríaca no Brasil

Uma vez ou outra troco e-mail com uma amiga austríaca. Ela esteve no Brasil, mais uma vez, para, além de fazer intercâmbio cultural, nos visitar. Beth, como a chamo, se declara apaixonada por nossa terra, por nossa gente.

Conversando comigo, certa vez, se queixou do sistema educacional brasileiro. O considerou ruim, sobretudo quando comparado com o sistema dos países mais desenvolvidos.

Como ela teve uma rápida experiência em uma escola particular brasileira, como parte integrante do processo cultural de intercâmbio, perguntei qual era a avaliação que fazia entre os dois sistemas de educação de nosso país; o público e o privado. Disse que o privado, apesar de demonstrar fraquezas também, é muito melhor do que o público. Os professores parecem mais qualificados, além dos alunos.

Entrei um pouco no nicho ideológico da coisa, ao explicar a ela que isso decorre do processo, a princípio, de desmantelamento a que o estado brasileiro esteve submetido ao longo dos anos. Mas, também, por falta de interesse da elite dirigente do nosso país, que, infelizmente, não prioriza o nosso desenvolvimento enquanto nação.

Ao contrário, disse a ela. A grande maioria das pessoas que compõem o reduzido universo da elite econômica-social brasileira está preocupada em defender os seus mesquinhos interesses. Não o da nação.

Ela não discordou, e nem concordou.

O silêncio me pareceu um sinal de respeito à gente.
Ou seja, como diz respeito a questões internas de nosso país, por isso de nosso interesse, ela, enquanto austríaca não se sentia, talvez, no direito de opinar. Aliás, como agiu o presidente Lula, ao falar para a imprensa que cabia ao povo de Cuba definir o futuro do seu país, depois da renúncia de Fidel Castro, e não ao Brasil.

Entrevista - Hoje (27/01) Beth retorna um e-mail, que lhe encaminhei há quase um mês. Ela estava em São Carlos, interior de São Paulo, onde foi passar o restante das férias. Como ia retornar para a Áustria uns dias depois do carnaval, resolvi mandar um e-mail, desejando-lhe excelente retorno à sua terra natal. Hoje, passados pouco mais de dez dias de encaminhado o e-mail, ela me retorna.

Primeiro, pede desculpas por demorar a responder o e-mail. Diz que aproveitou esses primeiros dias após seu retorno à Áustria para rever amigos e parentes. Para fazer uma das coisas que mais gosta; andar. “Não sou doida”, adverte ela, “mas gosto muito de andar”. Diz que aproveitou esses dias para andar porque enquanto esteve no Brasil, e em especial na Bahia, não pôde caminhar com a mesma intensidade que o faz na Áustria.

Não foi o forte calor tropical brasileiro, nem o da Bahia, em especial, que impediram Beth de caminhar como queria. Foi a violência. Ela garante ter ficado com medo, depois de ter sido alertada para não andar demais pelas ruas de Salvador, pois era perigoso.

Ela, e mais duas austríacas, Lisi e Renata, foram assaltadas algumas vezes em Salvador, me relataram certa vez. Ainda assim, essas coisas negativas não superaram às positivas que o nosso país e nossa gente têm. Passearam e curtiram de montam. Apreenderam muito também. Lisi e Renata continuam a fazer o intercâmbio na Bahia até o mês de abril, me disse uma amiga sábado pela manhã. Beth escreve muito bem o português-brasileiro, sobretudo quando comparado com alguns de nossos patrícios, que, infelizmente, não sabem escrever muitas vezes nem o próprio nome.

Com saudades do Brasil, Beth foi ao centro velho de Salzburgo, na Áustria, procurar por brasileiros. Mas não os encontrou. Não ficou totalmente desanimada, e foi ler um livro que trata do Brasil. Esqueceu de me dizer qual o título do livro e quem o escreveu. Relatou, porém, que aguarda ansiosamente pelo verão na Áustria. Lá, já é primavera. Mas hoje, quarta-feira, disse que fez calor; 20° C. O normal, me informa por e-mail, é que a temperatura nessa época esteja em 10° C.

Fala ainda, antes de se despedir, de suas pretensões na Áustria; estudar. Continua em dúvida, porém, do que fazer; medicina, enfermagem, assistência social ou fisioterapia.

Continua a ter saudades do Brasil. Muitas saudades, conforme escreveu em um e-mail anterior.

Beth será a primeira entrevistada do Exclamações!.

Infelizmente a entrevista não será instantânea, como preferia. Será, como tem sido nossas conversas, por e-mail. Ela deve, contudo, demorar um pouco para respondê-lo.
Ao que parece, na Áustria, as pessoas não tem a cultura de muito tempo ficar na internet. Ao contrário do Brasil, que figura entre os três maiores países do mundo quando o assunto é tempo do internauta na rede.

O fiel leitor do Exclamações! também pode participar da entrevista, encaminhando perguntas para danieljornalismo2003@yahoo.com.br.

Uma raiz suculenta

Ele levou uma hora para ficar pronto. É saboroso, bem gostoso. Com carne do sol, então, fica uma beleza. Estou falando do aipim. Essa suculenta raiz da mandioca me agrada de várias maneiras. Aipim frito, cozido, como purê acompanhado da carne do sol. Ainda temos o bolo de aipim. Mais; a Lasanha de aipim. São muitas as opções, e uma única certeza; seja como for, o aipim é sempre uma delícia.

Antes, devo confessar, porém, que de cozinha não entendo nada. Só sei fritar um ovo, nada, além disso. E, na cozinha, depois de ter tudo pronto, comer. Somente.

Para cozinhar o aipim, ontem (segunda - 25/01), por exemplo, tive que sair em busca de auxílio. Antes, de minha mãe. No trabalho, atendeu ao meu telefonema. E me orientou; “peça a sua tia para tirar a casca do aipim e colocar a dose certa de sal, aí você retorna para casa, e põe a panela no fogo com água”.

Na casa de minha tia Geró, solicitei ajuda. Ela, prestativa como sempre, não reclamou. E começou a descascar o aipim. Depois de descascado e cortado, ela me orientou a colocar somente uma colher de sal. “Uma colher dessas, rasa com sal”, observou, apontando para a colher, que serviu de exemplo.

De lá, retornei para casa, e logo coloquei a dose correta de sal e a água na panela com o saboroso aipim.

Importância - Essa raiz é muito interessante, sobretudo do ponto de vista alimentar. Dela surge, além do que acima já foi listado, a farinha, que acompanha a “sagrada” feijoada de domingo.

A deliciosa tapioca também é oriunda da raiz da mandioca. Ainda, do ponto de vista energético, cientistas descobriram que ela pode servir para a produção do etanol. Considero isso, no particular, um tanto que arriscado. Transformar alimentos em energia, seja para automóveis, seja para a indústria, é muito perigoso, num mundo onde milhões de pessoas não têm o que comer.

Quem trouxe, por sinal, essa iguaria ao Brasil, honestamente, não sei. Sabe-se que ela sempre foi muito cultivada pelos indígenas. Tanto no Brasil como na América Latina. Do nosso continente, ela foi exportada para a África e para a Ásia, onde é uma das principais bases de dieta alimentar.

Além de sua raiz, consome-se, também, a sua folha. Antes, ela deve passar por um tratamento, que visa à retirada de toda a parte que pode envenenar o homem. Pronta, ela é conhecida como maniçoba. Confesso, contudo, que não agradou ao meu paladar quando a experimentei em Cruz das Almas, cidade do recôncavo baiano.

No Brasil, por sinal, o aipim pode ter varias denominações, a exemplo da macaxeira, que designa mandioca doce. As denominações podem ser diferentes, a depender da região, da cidade, do estado, mas, o sabor, ah, esse é o mesmo. De norte a sul do Brasil. Continua saboroso, gostoso como sempre. O aipim. A própria mandioca.

Hoje, porém, ao cozinhar o aipim, o mesmo não ficou tão bom quanto se esperava. Ficou um tanto que duro - boa parte dele. Não muito bom para o consumo. Explica-se; quando o aipim leva pancada demais, me explicou um experiente vendedor da iguaria, ao ser cozinhado, o ele não fica bom, pois fica duro.
Além dessa, acredito que deve haver outras explicações quanto a esse “fenômeno”

Difícil é comprar um aipim, que muito já andou até chegar à feira, e ele permanecer bom. Isto é, não levar pancadas e, em conseqüência, não apresentar “problemas” quando cozido. Aliás, de uns tempos pra cá, até desistir de comprar a iguaria. Duas vezes, ao cozinhar o aipim, ele não ficou bom. Duro, foi pro lixo. Um desperdiço. Fiquei traumatizado.

Ainda assim, me aconselhou o combalido vendedor da iguaria e de outras frutas e verduras tropicais; muito cuidado na hora de comprar o aipim. Verifique o seu estado de conservação, externo, claro. Construa uma relação de amizade/confiança com o vendedor da iguaria. Isso acontecendo, a possibilidade de ele ser honesto com você é grande. Assim, o risco de comprar gato por lebre, pode chegar à zero. E o prazer de se deliciar, de diversas formas, com o nosso saboroso aipim é grande.

Se eu fosse você, ou se você gostar do aipim como eu, não perderia mais tempo. Ia à mercearia, mercadinho ou feira mais próxima atrás dessa preciosa iguaria. Trataria de descascá-la, e colocá-la no fogo, numa panela de pressão, de preferência, acompanhada com uma colher rasa de sal. Aguardaria, ansiosamente, por 30 ou 40 minutos para se deliciar com ele que já se tornou uma importante iguaria na cultura alimentar do brasileiro; o aipim da mandioca.

Saneamento básico, sua majestade

É um dever constitucional do estado brasileiro, abrangendo prefeituras, governos estaduais e governo federal, garantir à população a universalização do acesso ao saneamento básico. Este compreende várias etapas. Uma delas é a garantia do abastecimento de água propicia ao consumo humano. Outra é a implantação de um sistema de esgotamento sanitário que impeça que os dejetos produzidos pelas residências e lojas comerciais fiquem a céu aberto ou sejam lançadas nos rios, córregos e efluentes.

Limpeza e drenagem urbana, manejo de resíduos sólidos, infra-estrutura, operação de coleta de lixo, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e daquele originário da limpeza das vias públicas constituem-se também em uma política de saneamento.

Isso, contudo, nem sempre é posto em prática pelos nossos governantes. Saneamento básico, costuma-se dizer nos bastidores da política, não dá voto. Por isso, na maioria das vezes, sempre foi deixado de lado por vários gestores Brasil afora.

Nas cidades, sobretudo àquelas com potencial de desenvolvimento econômico e crescimento demográfico, a falta de uma política consistente de saneamento básico pode se tornar em um grande problema para os gestores e, o pior, para os cidadãos. A ausência desta política irá refletir na qualidade de vida das pessoas, interferindo, portanto, em sua expectativa de vida.

Em conseqüência, a demanda nos hospitais e farmácias será grande. A inesperada despesa, aos cofres públicos, desestabilizará governos. Crises na saúde, comumente, surgirão. No fim, o cidadão, sofrido, pagará o pato final. Mas, quem mais sofrerá com as conseqüências são as crianças, com o aumento da mortalidade infantil.

Saneamento Básico já foi tema até de filme, estrelado pelos baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, e com direção de Jorge Furtado. A mobilização da comunidade da Linha Cristal se transforma na realização de um vídeo de ficção cientifica. É o filme dentro do filme.

Linha de Cristal é uma pequena vila de descendentes de colonos italianos, localizada no Rio Grande do Sul. Esses se reúnem para tomar providências quanto à construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Eleita, uma comissão vai pleitear a obra junto à subprefeitura. A secretária reconhece a legitimidade da reivindicação dos moradores.

Contudo, afirma que a prefeitura não dispõe de verbas para realizar a obra de saneamento básico até o final do ano. Mas garante ter dez mil reais em verbas para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal, e, se não for gasta, terá que ser devolvida. Antes de realizar o vídeo apoiado pela prefeitura, entretanto, um projeto com o roteiro de produção deve ser apresentado. A comunidade apresenta o projeto e decide então produzir o vídeo sobre a obra.

Saneamento Básico, O Filme é uma comédia, mas que tem muito de realidade. A conscientização da sociedade civil, organizações sociais, sindicais e empresariais, portanto, se faz importante. A participação, no exigir, no saber de como os recursos públicos estão sendo administrados e aplicados também. Portanto, quem faz o bairro, a cidade, é você, cidadão.

Um grande amigo

Amigos. Quem não os têm?. São importantes e fazem parte de nossas vidas. Eu mesmo tenho muitos amigos. Gosto de fazer amizades. Verdadeiras, é claro. Mas algumas são mais fortes. Especiais. Uma dessas amizades especiais, que tenho o privilégio de ter e usufruir, é de meu amigo-irmão Emanuel. Emanuel Jackson da Silva Jerônimo. Hoje, abro um parêntese para escrever/falar um pouco dele. De nossa amizade.

Nossa amizade já dura uns 17 anos.

Éramos crianças quando nos conhecemos. Ele havia chegado da cidade de Amélia Rodrigues, a 70 quilômetros de Salvador. Veio para morar na capital baiana, com a sua família. Era tímido. Observador. Meio que quieto. Até começar a se entrosar com a molecada. Bolas de gude, futebol, arraias. Era diversão para toda hora.

Tivemos um pequeno impasse, nessa época. Coisas de crianças. Brigamos porque não concordei em ter perdido uma partida de gude. Mas, rapidamente, passou. Depois de uma boa conversa, claro. Dona Celina, sua mãe (e minha também), conversou conosco. Reatamos a amizade. E ela se fortaleceu, consolidando-se ao longo dos anos.

Maneca, como o chamamos carinhosamente, era bom de bola. Tinha tudo para ser um craque alá Ronaldinhos. Um excelente meio campista. Era um meia avançado. Bom de passe. De drible. Um primoroso cobrador de faltas. Jogava fácil. Mas, assim como muitos que conheci e conheço, a oportunidade não veio.

Trabalhar - E logo cedo, lá pelos 13 anos (salvo engano), ele teve que ralar, ao começar a trabalhar. Tinha que ajudar com as despesas de casa. Assim como os seus outros dois irmãos; Emerson (o do meio) e Edvaldo (o caçula).

Ele trabalhava no fórum, em Lauro de Freitas, pela tarde. Antes, pela manhã, estudava. Maneca sempre valorizou os estudos. Descobriu cedo à sua importância para ascender na vida. Por isso, sempre foi muito aplicado. Chegava a ser chato. Todas ás vezes que íamos lhe chamar para brincar, lá estava ele estudando. - Pô, cara, não dá, tenho que estudar – respondia, sempre preocupado em não nos desapontar.

Ao completar dezoito anos, foi convocado para servir a Aeronáutica. Uma alegria para todos nós, amigos, e em especial para sua família. Quase cinco anos de quartel se passaram. Uma experiência - acredito que inesquecível para ele.

Não posso esquecer, aliás, foi nesse período que ele conheceu Teresa. Na época sua namorada. Hoje sua fiel esposa.

Com uma formação familiar sólida, e conhecedor das dificuldades da vida, Emanuel continuou a estudar. Conciliava os estudos com o trabalho, como sempre o fez. Agora atuava como rodoviário. Uma rápida experiência no setor de transporte urbano, e mais um aprendizado.

Passou a trabalhar numa grande rede de supermercados. Onde atua até hoje. Nesse período, ingressou à faculdade de letras vernáculas. Mas continua, como sempre o fez, conciliando os estudos com o trabalho.

Próximo a concluir a sua primeira graduação, Emanuel é um exemplo de jovem batalhador. Um exemplo do que é ser brasileiro. Um orgulho para a família, e para nós, seus amigos.

Bate-papo - Na correria que o mundo contemporâneo nos impõe, só nos falamos aos sábados, quando ele folga. Ainda assim, nem sempre isso é possível. Quando ficamos muito tempo sem nos falar, ele me encaminha um email. Ou eu mando um para ele. Quando estamos juntos, na pauta de nossa conversa vários assuntos. Mas um sobressai-se ante os demais; política.

Além de política, falamos de futebol, viagens, meio ambiente, economia, sociedade e, de vez em quando, literatura. Estranho, um estudante de letras e um jornalista recém formado falar pouco sobre literatura – devem observar os “milhões” de leitores do nosso blog.

Como eu ia dizendo, antes que eu perca o rumo do final desse texto, quando ficamos muito tempo sem nos falar, trocamos email. Hoje, por exemplo, recebi um email de Maneca. Escreve ele; “Cara me perdoe pelo meu sumiço! O trabalho e o final do curso estão me dificultando de ‘respirar’. Entretanto, falarei com vc o mais breve possível. Um abraço.”

Tudo bem, Maneca, sei bem como é esse corre-corre - respondi por email. Complementando; - Um forte abraço!

Desse email, resolvi escrever esse texto. Confesso que o texto não foi bem escrito. Ao contrário. Não é uma perola jornalística, muito menos literária. Muitas informações –importantes- também ficaram de fora. Uma história como a de Emanuel, parcialmente falando, merece um livro. A sua história de vida, aliás, é digna de aplausos, respeito e honrarias.

Por isso, na minha insignificância, presto esta singela homenagem a um grande homem, a um grande e espetacular amigo. A um filho exemplar e amoroso. A um esposo fiel, amado e apaixonado. Emanuel Jackson da Silva Jerônimo.

Plante uma árvore

O calor ultimamente anda demais. Às vezes penso estar numa sauna. Tamanha a quantidade de suor que transpiro em muitos momentos. Minha alegria é quando estou em casa. De short e sem camisa. De preferência na varanda a contemplar os saudosos ventos que aliviam o calor e refrescam a todos.

Os pássaros cantam, transparecendo alegria. Satisfação.

Uma caminhada, uma parada. Muito suor. Afinal, estamos no Brasil tropical. Eu, particularmente, na Bahia alto astral. Calor a toda hora, a muita prova. Um banho. Um momento. Refrescância. Alívio. Descontração.

O sol, o calor. A chuva, quem sabe, uma solução. Não. Talvez, aliás. O problema; a construção. Desordenada ocupação. Sujeiras. Bueiros entupidos no chão.

Imaginação. Lembranças. Recordação. Fevereiro de 2008. Ilha Grande. Ao seu redor, água. Água da terceira maior baía do Brasil. Baía de Camamu. Em seu território, poucas casas. Muitas árvores. Cimento, não. Asfalto, não. Sim, chão. Muito chão.

A caminho da prainha, ao norte de Ilha Grande, dendezeiros. Muitos dendezeiros. Eles formam um corredor verde, junto com outras árvores, como os pés de coqueiro e de mangueiras. O que proporciona uma sombra confortante. Digo refrescante. Além de muito agradável.

Do morro, linda visão. A Baía, ou melhor, boa parte dela, vista sob um novo ângulo. Uma visão abrangente. Bonita. Apaixonante. O contraste em perfeita sintonia. O verde das árvores com o azul do mar. O canto da cigarra. Dos pássaros. Harmonia. O leve e doce ritmar do vento e das pequenas ondas do mar. Energias positivas a se renovar.

Retornando o caminho em direção a prainha, diversão. Conversas, piadas, risadas. A sombra e o corredor verde prevalecem - até a chegada à praia. Aqui, água cristalina. Morna e calma. Um mergulho. Um renovar. O imaginar...

Plante — Certa vez li um texto (não me recordo o nome do autor) onde ele defendia a tese de que o calor provocado nas grandes cidades não é fruto do aquecimento global. O problema, segundo seu ponto de vista, está no reduzido número de árvores nas cidades, e o aumento, cada vez mais presente e frequente, do asfalto e do cimento. O que ocasiona o exagerado calor.

Como há poucas árvores para fazer sombras e, assim, contribuir com a circulação de ventos, e a oxigenação do ar, através da fotossíntese, temos o calor em excesso. Afinal, concreto e asfalto, só esquentam. E transferem, em seguida, segundo a tese desse autor, parte do calor recepcionado dos raios solares para a população.

Pensei a respeito. Analisei o meu entorno. Algumas experiências, como a de Camamu. E, antes de chegar a uma conclusão, pensei; - Teses são teses. São pontos de vista dos seus autores, baseados, caso seja uma tese científica, em estudos. Estudos defendidos diante de especialistas do assunto abordado - supõe-se. Ainda assim, sempre pode haver uma contradição, ou mesmo várias, assim como outros pontos não analisados, anteriormente, que podem ser apresentados e defendidos por outros “estudiosos” do assunto.

Refleti. Caberia, em princípio, por exemplo, comparações no que diz respeito à temperatura de cidades diferentes. Cidades onde há um percentual desejável de árvores por habitantes, como Curitiba, e aquelas que já deixaram de dar importância a elas, a exemplo de São Paulo. Assim, pode-se fazer uma, o melhor é que sejam feitas várias comparações com cidades diferentes, para se chegar a um dado, uma informação confiável.

Ainda assim, vi que, no fundo, o ponto de vista defendido pelo autor do texto, tinha algo de importante. A redução das árvores nos centros urbanos. O concreto e o asfalto tomaram seu lugar. São mais importantes, ao menos para muitas pessoas (físicas e jurídicas), por incrível que pareça, do que elas.

Além do concreto e do asfalto, temos a poluição causada não só por indústrias, mas também por automóveis. Cada dia que passa, a frota de veículos aumenta nas capitais brasileiras. Sem árvores que arborizem o ar que respiramos, passamos a respirar um ar poluído pela queima do combustível fóssil. Cada vez mas presente no ar que respiramos, ainda mais quando dos grandes congestionamentos nas cidades brasileiras, a exemplo dos que ocorrem com frequência em Salvador. Aí já viu o problemão que isso pode dar a médio/longo prazo a quem respirar esse ar “contaminado”.

A falta de um planejamento urbano contribuiu, e ainda contribui, para que as cidades urbanas, médias e grandes, continuem a crescer e desenvolver-se de maneira desordenada. Insustentável. Destruindo o pouco que ainda existe da fauna e da flora em seus centros urbanos. Acabando com o seu eco-sistema. Com o verde.

Porém, com um simples gesto, algumas coisas podem ser amenizadas.

Antes, por exemplo, era comum que um morador de uma determinada casa tivesse uma árvore no seu quintal ou mesmo na frente do seu imóvel. Hoje isso é raro. Então, por que não retomarmos essa cultura?

Se, de repente, moramos em prédios ou em casas onde não há espaços para árvores, por que não a plantamos nas proximidades de um rio? Num parque?

Vamos colher frutos de uma decisão coerente. É simples; plante uma árvore. Plante e dissemine esta semente.

Uma contribuição ao meio ambiente



A água é um bem escasso, e, agora, desde cedo a garotada já aprende isso na escola.
Economizar e utilizar a água de maneira racional é a lição que tanto crianças como adultos devem saber de có. Desde já.

O Brasil é o país que possui a maior oferta de água doce do planeta. Privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo. E com o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas.

Porém, a má distribuição de toda essa riqueza natural, sua utilização de maneira irracional e a irresponsabilidade daqueles (todos?) que deixaram e continuam a poluir os rios, córregos, bacias hidrográficas e efluentes, comprometem a todo um eco-sistema. Compromete, aliás, a vida do próprio homem na Terra.

No Brasil, por sinal, 45% de toda a água tratada para o consumo humano é desperdiçada. É num simples banho. No lavar o carro e regar as plantas. No momento de limpar as louças. Na hora do banho do cachorro, e até mesmo quando a água fica a jorrar, com a tubulação quebrada num dos logradouros que compõe o Brasil, sem que alguém se sensibilize e informe a empresa pública ou privada responsável pela manutenção e conservação de todo esse patrimônio natural. O desperdício estar ali, aqui, em nossa frente. Em nosso cotidiano. Em excesso.

Reuso — Algumas universidades públicas já realizam estudos no sentido de reaproveitar a água. O reuso, como é conhecido o processo de reaproveitamento da água, ajuda não só a minimizar os impactos ambientais que o consumo em excesso poderá trazer às gerações futuras, mas também contribui para com o bolso do consumidor. O resultado pode estar na conta de água. Mês a mês. E no futuro dos nossos filhos e netos.

Condomínios de luxos ou voltados para a classe média, já vem sendo adaptados, quando da sua construção, para a reutilização da água consumida pelos condôminos. Uma idéia genial que pode ser estendida aos demais setores da sociedade, em parceria com as universidades públicas e privadas.

Aliás, as universidades públicas já poderiam dar sua contrapartida social à sociedade. As escolas de arquitetura e engenharias, por exemplo, poderiam desenvolver projetos voltados para as comunidades carentes. Minimizando os efeitos da ocupação desordenada, por exemplo.

Afinal, quem financia os estudos dos discentes e a própria instituição educacional é a sociedade. É simples. Projetos como o do reuso, poderiam ser apresentados e implementados nas comunidades carentes das cidades brasileiras. Contribuiriam na redução do consumo de água, assim como no aumento da renda desses moradores.

Paralelo a isso, as escolas de pedagogia/educação e de ciências humanas poderiam desenvolver projetos educacionais, de ação sócio-ambiental nas comunidades carentes.

Conscientizar e educar a população, quanto às questões de cunho ambiental, por exemplo, e que influem na vida de cada um de nós, será um projeto revolucionário. Sem precedentes na história. Uma ação que definirá a médio/longo prazo o destino da humanidade. O futuro de uma sociedade sustentável, tanto no que diz respeito à questão ambiental como do ponto de vista social.

Já das empresas de construção civil, por exemplo, as universidades cobrariam uma taxa simbólica quando da implementação do projeto em um condomínio a ser construído. O mesmo aconteceria com os moradores de condomínios (já construídos) de classe média, média – alta.

Energia — O aproveitamento da circulação do vento, da iluminação solar, também contribuirá para a redução do consumo de energia. Uma construção bem projetada e planejada pode absorver toda a potencialidade que o ambiente - aonde ela irá se situar - pode oferecer.

A energia hoje, também, está na pauta das grandes discussões políticas e econômicas da humanidade. O petróleo é um bem escasso, finito, e bastante prejudicial ao meio ambiente, porque poluidor. Outras alternativas vêm sendo estudas há anos por pesquisadores. O Brasil saiu na frente, na década de 70, quando do Pró-álcool. Hoje, novamente, mais intensivamente, com pesquisas voltadas para o campo da biomassa.

Meios para a realização de pesquisas que possam favorecer a nossa sociedade, assim como servir de exemplo para ás demais nações, o Brasil, em particular, os têm. Só é preciso um pouco mais de vontade, dos poderes públicos constituídos, e, também, da sociedade, no geral, e do cidadão, no particular. Somente de maneira solidária, onde as coisas possam transcorrer de maneira equânime, poderemos viver numa sociedade onde haja harmonia, a paz e a fraternidade. Entre o homem e seus pares. Entre o homem e o meio ambiente.

Ações contra a Febre Amarela

Milhares, senão milhões de brasileiros foram aos postos e unidades de saúde Brasil afora atrás da vacina contra a febre amarela. A morte de algumas pessoas com suspeitas de terem sido infectadas com o vírus foi o principal motivo dessa procura demasiada.

Alguns especialistas consideraram que houve grave erro por parte dos órgãos de imprensa, cujas informações divulgadas levaram as pessoas à procura da vacina nas unidades de saúde. A princípio, sem necessidade.

Segundo eles, a vacinação só é necessária àquelas pessoas que estão ou irão às áreas consideradas de risco. As pessoas que ficam nos centros urbanos “livres” da febre amarela, em principio, não precisam da vacina, pois não correm o risco de serem infectadas com o vírus.

Segundo o Ministério da Saúde, as áreas consideradas de risco endêmico são o Centro Oeste e o Norte do Brasil. As de transição o Oeste da Bahia e do Piauí. Além de quase todo o estado de Minas Gerais, e pequena parte do estado de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Indene de Risco Potencial, sul de Minas Gerais, Sul da Bahia e Espírito Santo.

Indene, quase todo o nordeste brasileiro (Bahia e Piauí, um pouco mais de 50% dos seus respectivos territórios). Cerca de 40% do território do Espírito Santo. Todo o Rio de Janeiro. Boa parte dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Confira no mapa aqui.

Ainda assim, nos centros urbanos, a proliferação do vírus da febre amarela pode se dá por meio do mosquito da dengue. É simples. Uma pessoa foi infectada pelo vírus da febre amarela, quando esteve na Amazônia. Chegando a sua cidade de origem, São Paulo, um mosquito da dengue a pica. O vírus que estava no portador (a pessoa que esteve na Amazônia), agora também está no Aedes Aegypti, que vai contaminar uma pessoa quando ele a picar. E assim, o vírus pode se proliferar, facilmente, pelos centros urbanos.

Por isso, além de vacinar as pessoas que residem nas áreas consideradas de risco, o importante é, também, vacinar àquelas pessoas que forem a esses lugares, seja a passeio ou a trabalho, para que elas não retornem a sua cidade de origem contaminada pelo vírus da febre amarela.

Além disso, se faz necessário um importante trabalho, o trabalho formiguinha. A extinção, ou, ao menos a redução dos focos onde podem se proliferar o mosquito da dengue, o conhecido Aedes Aegypti, depende da ação da população.

Água parada, e limpa, é uma verdadeira fabrica para a proliferação do mosquito da dengue. Ela pode estar em vários lugares. Por isso a importância do trabalho e da participação da população como um todo. Isto é, não permita que o acúmulo de água limpa fique parada em recipientes como pneus, copos plásticos, coco, vasilhas plásticas de manteiga/margarina, ralos, por exemplo, de banheiro e varanda residenciais e vasilhas onde constam plantas e que possam acumular água parada. Tudo isso contribui para a proliferação do mosquito da dengue, verdadeiro reprodutor da febre amarela nos centros urbanos.

Se puder, nos ralos das varandas e dos banheiros, ponha um pouco de sal. O sal ajuda no extermínio das lavas, encontradas até mesmo nos boxes e ralos de banheiro. Faça isso, ao menos, uma vez na semana.

Morte — Algumas pessoas, alarmadas com os casos suspeitos de morte por febre amarela, logo procuraram os postos de saúde para se vacinar. Isso aconteceu, defendem os especialistas, porque houve a espetacularização da notícia. O que fez com que, muita gente, se vacinasse mais de uma vez. A vacina só se faz necessário uma vez, no prazo de dez anos. As contra-reações, e a vacinação em excesso levaram muitas pessoas ao óbito. Outras, por não reagirem bem à vacina. Alérgicas a determinadas substâncias, vieram a óbito.

Sendo um país tropical, o Brasil não está imune, totalmente, a essas e outras doenças tropicais. A redução delas, contudo, é possível, por meio de ações do poder público, assim como através da participação e consciência de cada cidadão. Compreendendo que fazemos parte de um todo, a sociedade, e que a união faz a força.