A falta de uma política consistente de desenvolvimento urbano sustentável faz com que as cidades enfrentem atualmente vários problemas. Dentre eles se destacam os problemas de ordem econômica, social e ambiental.
O crescimento urbano desordenado é o principal responsável pelo inchaço demográfico nas grandes e médias cidades. Com ele é que se dá a ocupação desordenada do solo. Isso ajuda para com os deslizamentos de terras, promovidos, principalmente, nos períodos de chuvas. Isto porque, na maioria das vezes, as encostas e morros acabam por ser ocupados, de maneira irregular, por famílias de baixa renda.
Em busca de melhores condições de vida, e de maiores oportunidades no mercado de trabalho, essas famílias migram para os grandes centros urbanos. Sem condições de pagar aluguel, passam a ocupar morros e encostas, onde costumam construir as suas casas.
Como o poder público se faz ausente, de várias maneiras, as tragédias continuam a acontecer, pondo em risco a vida dessas famílias, principalmente quando dos deslizamentos de terras no período de chuvas.
Sem estrutura, e desempregadas, elas migram também para a economia informal. Os mais jovens, facilmente, passam a ser cooptados pelo mundo do crime. Aqui, mais uma bomba passa a estar armada.
Enquanto isso, no âmbito acadêmico, defende-se a tese de que o aquecimento global poderá contribuir ainda mais com o processo migratório. É uma hipótese que alguns defendem e outros não.
A busca de alternativas que venham a minimizar os impactos das ações humanas sobre o meio ambiente, é que se faz salutar. E urgente.
O desenvolvimento urbano sustentável é uma das alternativas. A conscientização da população, através da educação ambiental, outra.
Além do desenvolvimento urbano sustentável, a reutilização da água, o aproveitamento da energia solar e da circulação de ventos, por exemplo, contribuirão de maneira significativa na redução dos impactos à natureza.
A reciclagem de produtos descartáveis, como em muitos casos já vem acontecendo, também se faz importante. Além de minimizar os impactos ambientais, gera emprego e renda às famílias de baixa renda. Contribui, também, com o desenvolvimento humano.
Essas e muitas outras ações são importantes ao desenvolvimento sustentável, sobretudo quando saem do campo das idéias e passam a integrar o conjunto das ações práticas dos poderes públicos, das universidades e dos cidadãos.
Utilizar os recursos naturais que dispomos no presente, mas sem exauri-los para as próximas gerações, que precisarão desses mesmos recursos para a sua sobrevivência num futuro próximo, depende muito do que fazemos hoje e do que propomos para o amanhã.
Tudo passa, contudo, por ações de cada cidadão no seu dia-a-dia. E, sobretudo, dos estímulos por parte dos poderes públicos constituídos.
O controle e o ordenamento do uso do solo também são importantes para um desenvolvimento sustentável. A ocupação irregular do solo, como pontuado anteriormente, põe em risco à vida de muitas famílias que, infelizmente, de maneira inocente e irregular, passaram a ocupá-lo.
Portanto, além do controle quanto ao uso e ordenamento do solo, cabe também às autoridades competentes estarem implementando de maneira mais eficaz políticas públicas de habitação para as famílias de baixa renda, que não dispõe de um teto para morar; políticas públicas de geração de emprego e renda, que contribuam também com o desenvolvimento humano e, em conseqüência, econômico das cidades onde elas moram.
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